Ao discorrer sobre o mercado de crédito privado, ele disse ser preciso acompanhar com muita atenção o desenvolvimento deste setor e ter a compreensão dos créditos, entender o que está acontecendo, a precificação dos ativos que estão sendo negociados, que estão sendo lançados.
"É sempre preciso fazer um questionamento sobre se o investidor, principalmente aquele de varejo, compreende o risco, principalmente de crédito ao qual ele está exposto, mas o risco do mercado também", alertou o diretor.
De acordo com Damaso, os diferentes instrumentos que trazem a negociação desses créditos privados, principalmente os fundos de crédito privado, trazem impacto nas curvas de juros e sobre a precificação das cotas desse fundo, por meio do efeito da marcação a mercado.
"É preciso conhecer também o seu cliente, o investidor, como ele reage à oscilação da rentabilidade e estar muito atento também aos mecanismos de liquidez, verificando se eles estão adequadamente calibrados para enfrentar eventuais processos de momentos de estresse. Hoje, pela ótica do BC, principalmente quando a gente olha para o mercado de crédito privado, a gente sempre está analisando com muita atenção, com muita profundidade, como o comportamento do crédito privado acaba tendo o efeito direto ou indireto nas instituições financeiras, nas instituições bancárias, nos entes regulados pelo BC", disse.
Segundo Damaso, vale ressaltar também que a ligação entre o mercado bancário, o mercado financeiro e o mercado de capitais é um desenvolvimento natural do processo. É um negócio que há anos o Brasil vem perseguindo e que agora, finalmente, ele está acontecendo com profundidade.
"E a gente está chamando aqui a atenção. Olhem os riscos. A gente está num evento de gestão de riscos, então olhem os riscos", disse Damaso a se dirigir à plateia de agentes do mercado financeiro e investidores convidados pela Febraban para seu evento que vai desta terça até quarta-feira na capital paulista.
(Com Agência Estado)
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