A avaliação de Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, é de que esse resultado, que mostra uma queda disseminada do otimismo entre os industriais, pode refletir a alta da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, já que foi o primeiro levantamento após a elevação da Selic em setembro.
"A confiança da indústria caiu em 18 de 29 setores da indústria em outubro e aumentou nos 11 setores restantes. Com a queda, três setores da indústria migraram da confiança para a falta de confiança: Produtos de minerais não-metálicos; Biocombustíveis; e Móveis. Um setor fez a transição contrária, da falta de confiança para a confiança: Serviços especializados para a construção", diz o documento.
Embora a pesquisa tenha notado o recuo na confiança na maioria das regiões brasileiras - apenas o Norte manteve o indicador - os índices de todas as regiões estão acima da linha divisória de 50 pontos, que sinaliza otimismo.
"Entre as médias empresas, houve queda do índice de 0,7 ponto enquanto nas grandes empresas a queda foi de 0,8 ponto. Entre as pequenas empresas, a confiança manteve-se estável: o índice variou -0,1 ponto. Apesar desses resultados, a confiança industrial de todos os portes de empresa permanece em patamar positivo, ou seja, acima da linha divisória dos 50 pontos", aponta a pesquisa.
Para esta edição do ICEI Setorial, a CNI consultou 1.893 empresas: 759 de pequeno porte; 689 de médio porte; e 445 de grande porte, entre os dias 1º e 10 de outubro de 2024.
(Com Agência Estado)
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