"O Carrefour França informa que a medida anunciada ontem, 20/11, se aplica apenas às lojas na França. Em nenhum momento ela se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise", disse o Carrefour França nesta quinta-feira, 21.
No comunicado, o grupo também ressaltou que não haverá mudanças nas atividades da companhia em outros países, incluindo o Brasil.
"Todos os outros países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, continuam a operar sem qualquer alteração e podem continuar adquirindo carne do Mercosul. Nos outros países, onde há o modelo de franquia, também não há mudanças", acrescentou o Carrefour França na nota oficial.
A posição reverbera as declarações do Grupo Carrefour Brasil, que havia afirmado na quarta-feira que "nada muda nas operações no País".
Bompard havia anunciado a medida em carta endereçada a Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas. O CEO afirmou que a decisão foi tomada após ouvir o "desânimo e a raiva" dos agricultores franceses, que protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.
Os grupos pedem que o presidente francês, Emmanuel Macron, anuncie que vai utilizar o veto da França se o projeto for aprovado.
(Com Agência Estado)
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