A vocação do bloco, de acordo com ele, é justamente a de reforçar a sua lateralidade e reforçar a própria governança global. "Reforçar a governança global vem no sentido de reformar (instituições), que é mais democrática, mais inclusiva, mais representativa desses mesmos países."
Sobre a cooperação, o embaixador salientou que o auxílio entre os integrantes do grupo tem sido muito forte em áreas como saúde, ciência, tecnologia, pesquisa de forma geral - inclusive com certas vacinas. "Esta é a óbvia vocação do Brics, justamente por serem países em desenvolvimento grandes, que, no fundo, compartilham mais ou menos os mesmos problemas e, portanto, têm interesse em buscar soluções que sejam também compartilhadas."
Lyrio, afirmou que, além de querer mais multilateralismo, o bloco deseja e uma governança global reforçada e reformada. "Este é um elemento crucial, ainda mais em tempos com os atuais, com dificuldades em relação ao funcionamento do multilateralismo e das instituições de governança global", disse.
Um exemplo, de acordo com ele, é o interesse do bloco em reformar, por exemplo, as instituições de Bretton Woods. "Isso sempre foi uma posição muito clara e, se pegarmos todas as declarações dadas pelos Brics desde então, desde 2009, esse é um tema muito forte", argumentou.
Para o diplomata, a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluída em 2016 foi muito tímida. "Mas, além de reformar, também há o objetivo de complementar."
As duas grandes iniciativas na história do Brics, segundo o sherpa, foram a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês, mais conhecido como Banco do Brics) e a assinatura do acordo contingente de reservas. "Estas duas iniciativas são claramente complementares."
(Com Agência Estado)
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