Cerca de 20 mulheres passaram por cirurgia reconstrutora das mamas em mutirão realizado pelo Hospital do Câncer de Cuiabá, no ano de 2017. A exemplo do trabalho realizado em Cuiabá, o presidente Michel Temer (MDB) sancionou, em 19 de dezembro, a lei que dispõe sobre a cirurgia plástica reconstrutiva da mama em mulheres com casos de mutilação, decorrente de tratamento de câncer, o projeto foi apresentado no ano de 2016 pelo deputado Carlos Bezerra (MDB-MT).
O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é que sejam diagnosticados 59.700 novos casos de câncer de mama no Brasil, em 2019, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres.
O projeto (4409/16) foi aprovado no plenário da Câmara no início de de dezembro, depois de receber alterações no Senado.
“Chegamos ao final de 2018 com essa grande conquista para a mulher brasileira. Agora, todas terão direito ao tratamento completo, de cirurgia e plástica. Sem dúvida, uma grande conquista!”, comemorou Bezerra.
A medida altera as leis 9.656/98 e 9.797/99, que assegura o direito à reconstrução das duas mamas, para garantir a simetria, bem como a reconstrução das auréolas mamárias.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, apenas 20% das mulheres com câncer de mama são submetidas a cirurgia reparadora, mesmo sendo recomendado pelo sistema de saúde.
Diante disso, Bezerra ressalta que a nova lei “faz justiça e valoriza a mulher”, principalmente aquelas que não dispõem de condições financeiras para realizarem a cirurgia plástica, o que, para ele, resulta em um grave problema social, de autoestima.
“O projeto é muito bacana, mas vai influenciar mesmo em outras regiões do país onde não tinha esse trabalho ou uma instituição que encabeçasse alguma coisa desse tipo”, comentou a direção do Hospital do Câncer.
Conforme a assessoria de imprensa do hospital, o médico mastologista, Luiz Fernando, encabeçou o projeto e, por meio de parcerias, com a iniciativa privada conseguiu realizar cirurgias reparadoras.
“A gente busca doações, compra as próteses quando o SUS não cobre, e faz a cirurgia reparadora nas mulheres. Muitas vezes no mesmo momento da cirurgia para a retirada do câncer, a gente já faz a reconstrução plástica, aqui em Cuiabá, por conta desse trabalho realizado há tempos, a expectativa que a fila esteja bem pequena”, finalizou o médico.
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