O representante do consórcio do BRT, Mário Jorge Moreira, levantou a hipótese de ter que demitir funcionários envolvidos na implementação do modal em Cuiabá, devido à uma paralisação de 45 dias estipulada pelo Ministério Público, até que a Prefeitura da Capital consiga analisar as licenças necessárias para dar continuidade ao empreendimento.
“Toda dilatação de prazo, onera. Mas, isso [a demissão] não decidi ainda. Os 45 dias vamos respeitar. Não vamos entrar fazendo nada ilegal. Não vamos fazer obra sem licença, nada disso”, explicou Mario Jorge, em reunião realizada na Sede das Promotorias, nesta quarta-feira (17).
Moreira, que depende da análise do Executivo municipal para seguir a implantação do modal, disse que não se negará a fornecer quaisquer documentos adicionais que sejam solicitados e espera que o prazo estipulado seja honrado pela Prefeitura.
“Espero que cumpram o que tem que ser feito, vão analisar e liberar ou não. Se tiver alguma recusa em algum documento que queriam a mais, alguma explicação maior, alguma justificativa, a gente vai apresentar. Mas, eles têm que fazer análise ainda”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade do atraso nas obras na Capital gerarem um transtorno similar ao que vem acontecendo na Avenida da FEB, em Várzea Grande, onde o modal já está sendo implementado, Moreira reafirmou que o andamento da obra dependerá da avaliação e autorização da gestão municipal.
“A obra vai andar desde que tudo que for conversado hoje aqui for resolvido. As pendências são essas que vocês ouviram. Todas as providências do consórcio foram tomadas, agora tenho que ter essa liberação", concluiu.
ENTENDA O CASO
Após o Ministério Público de Mato Grosso, por meio da 17ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística e do Patrimônio Cultural de Cuiabá, notificar o Governo do Estado para não começar as obras do BRT em Cuiabá até que as autorizações urbanísticas e de mobilidade previstas na legislação fossem apresentadas, representantes do Paiaguás, técnicos da Prefeitura e do consórcio responsável pelas obras fizeram uma reunião na sede das Promotorias de Justiça para discutir o tema.
Em duas horas de reunião, a promotora Maria Fernanda Corrêa da Costa concedeu um prazo de 45 dias para que a Prefeitura analise a documentação fornecida pelo consórcio e pelo Governo de Mato Grosso.
LEIA MAIS: Promotora dá prazo de 45 dias para que Prefeitura de Cuiabá analise licenças do projeto do BRT
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