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Cidades Domingo, 23 de Julho de 2023, 16:00 - A | A

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Proprietária de prostíbulo em Primavera do Leste usa TikTok para ‘recrutar’ mulheres

No Brasil, a prostituição não é considerada crime, no entanto, o ato de "induzir ou atrair alguém à tal prática" sim, conforme o artigo 228 do Código Penal

AMANDA GARCIA
Da Redação

Proprietária de um prostíbulo em Primavera do Leste (234 km de Cuiabá), identificada como Karol Silva, tem utilizado um perfil no TikTok para ‘recrutar’ mulheres, conforme apurado pelo HNT. No Brasil, a prostituição não é considerada crime, no entanto, o ato de "induzir ou atrair alguém à tal prática" sim, conforme o artigo 228 do Código Penal.

Entre os vídeos compartilhados no perfil – que é aberto, Karol expõe detalhes sobre o ‘espaço’, o horário de funcionamento e as ‘mulheres disponíveis’ no estabelecimento. Além de recrutar abertamente “meninas acima de 18 anos que tenham interesse em trabalhar em área de garimpo e ganhar muito dinheiro”. Veja ao final da matéria

“Com vagas abertas, você que é mulher com mais de 18 anos e que a meta é ganhar dinheiro, só vem. Região boa, com muitas fazendas e bares, interessadas me chamem no privado”, escreve em uma das publicações.

O HNT  tentou contato com a responsável pela conta na rede social, no entanto, não obteve retorno.

Procurada pelo HNT, a Delegacia de Defesa da Mulher da Polícia Civil no município informou não ter conhecimento sobre tais práticas do estabelecimento.

Conforme a delegada Anamaria Machado Costa, quando se trata de crimes de rufianismo – que é o ato criminoso de tirar proveito da prostituição alheia –, as investigações tendem a ser ‘difíceis’, visto que, muitas vezes, as mulheres não aceitam passar por depoimento.

“Normalmente, essas mulheres não aceitam passar por depoimento, mas antes de mais nada, precisamos saber dessas mulheres se elas foram recrutadas. Elas precisam falar que foram recrutadas, que a suspeita é dona do estabelecimento e que afirmem que elas trabalham para essa pessoa, e não por conta própria. É sempre muito difícil falar sobre esses casos, já que muitas dessas mulheres têm medo dos donos dessas casas de prostituição”, avaliou.

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