O kung fu faz parte da vida de Giovanna Lopes, de 42 anos, por pelo menos 16 anos. Ao longo desse tempo, foram muitas as transformações que a arte marcial trouxe para sua vida ao ponto de se tornar professora de kung fu. Em entrevista ao HNT, a atleta contou como se deu essa trajetória e os benefícios que a prática agregou ao seu dia a dia, que vão muito mais além daqueles trazidos por uma atividade esportiva, trabalhando saúde física e mental.
A professora dá aulas de kung fu desde 2015 e atualmente ministra suas aulas na Wufu Artes Marciais Chinesas, no bairro Parque Cuiabá, na capial, para todos os públicos, a partir dos 7 anos de idade.
Giovanna contou que o primeiro contato com a luta se deu pelo cinema, ainda na infância, nos anos 90, ao assistir filmes protagonizados pelos ícones da arte marcial Jackie Chan e Jet Li. No entanto, Giovanna só começou a treinar, efetivamente, em 2007.
Segundo ela, sua jornada na arte marcial se iniciou pela necessidade de se defender e de se mexer. A professora disse que procurava algo fora do tradicional e que fugisse do “ambiente das academias”, do qual ela não é fã. Mas, com o passar dos anos, o kung fu deixou de ser apenas um exercício físico e passou a ser o sustento de Giovanna.
“Minha vida mudou completamente e progressivamente depois do kung fu. Porque o kung fu é muito mais do que uma simples atividade, é um estilo de vida. Então, você é quem define o quanto ele vai estar presente na sua vida, por ser muito útil em qualquer atividade que você possa desenvolver. Com o passar dos anos, eu fiz do kung fu minha vida, meu trabalho, meu sustento”, contou.
O kung fu é conhecido por ser uma espécie de ‘mãe das artes marciais’, cujos registros da prática datam cerca de 5 mil anos atrás. Milenar, o sistema de lutas surgiu a partir da observação dos animais. Sabe-se que a arte marcial surgiu na Mongólia e, posteriormente, difundiu-se na China e no restante do mundo. Todavia, por ser muito antiga, não é possível precisar a data exata do surgimento.
De acordo com Giovanna, as benesses do kung fu são inúmeras e promovem bem-estar tanto para a saúde física como para a mental, ou seja, pode ser uma opção para todos aqueles que fizeram votos de vida saudável nas promessas de Ano Novo. Além disso, as pessoas aprendem a se defender em situações de perigo. Inclusive, a arte marcial pode até mesmo ajudar na vida social dos praticantes.
“Eu posso citar uma dezena de benefícios do kung fu. Para a saúde mental: mais foco, tranquilidade, motivação, autoconfiança, autoestima e concentração. Para saúde física, mais força, resistência, melhora na qualidade do sono e disposição. A pessoa também irá aprender sobre uma nova cultura. A cultura chinesa é riquíssima e milenar. Além disso, o kung fu serve para a pessoa aprender a se defender de situações reais de perigo de forma efetiva. E também trabalha a socialização, pois é muito divertido, tem as armas como sabres, bastões e espadas, dança do leão, eventos”, declarou.
A professora explicou que o kung fu não tem restrição de idade, isto é, crianças, adultos e idosos estão liberados para treinar a arte marcial. Para ela, é tudo uma questão de moderação, pois os exercícios podem ser adaptados de acordo com a condição física de cada aluno.
“O kung fu é uma atividade extremamente funcional, democrática e adaptada para qualquer indivíduo. Cada pessoa vai treinar dentro de suas possibilidades e limitações. E não existe limite de idade”, disse.
Para quem ficou com receio de 'se jogar' no kung fu, mesmo após a explicação da professora, ainda há o tai chi, uma modalidade da arte marcial em que os movimentos são mais lentos e suaves. Inclusive, é indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como atividade física de baixo impacto.
“O tai chi, apesar de algumas pessoas não terem este conhecimento, também é um estilo de kung fu, mas nele os movimentos são lentos, suaves e circulares. Envolve exercícios de fortalecimento, respiração e meditação dentro da Medicina Tradicional Chinesa, que entrou na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do governo federal. O tai chi ajuda a alongar tendões, melhora a frequência cardíaca, diminui a pressão arterial e controla a ansiedade”, finalizou.
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