Comunidade de "ursos", nome popular para gays acima do peso, cria grupo em redes sociais para articular encontros e discussões sobre a comunidade. Dentre as ações do grupo MT Bears, que só no Facebook já conta com quase mil participantes, está a primeira Exposição de Arte LGBT de Mato Grosso, em exibição no Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Misc).
“O princípio do grupo é o bem-estar consigo mesmo. Na vida, a gente passa por diversos processos, a aceitação do próprio corpo é um deles”, comenta um dos idealizadores do projeto e professor, Rodolfo Carli de Almeida, 40 anos.
Ele aponta que o grupo tem diversas finalidades: “Organizamos encontros, divulgamos publicações de interesse da comunidade e alguns até utilizam o canal para procurar um novo amor”.
Conforme o educador, o grupo tem conseguido alcançar cada vez mais pessoas. Utilizando as ferramentas de análise do Facebook, ele aponta que dos 876 membros apenas 350 são de Mato Grosso. O restante faria parte de uma comunidade bear nacional e até mesmo internacional.
Preconceito
“As pessoas e, às vezes, até a comunidade gay estigmatiza os ursos. Eles acham que somos todos gordos, barbudos, peludos e fãs de camisa xadrez. Porém, essa é uma das possibilidades, nosso grupo está aberto a todos que sejam diferentes do esperado: magros; carecas; cabelo colorido e por aí vai”, argumenta Rodolfo em relação ao senso comum.
Entre churrascos, sessões de cinema e festas juninas, os integrantes do grupo trocam experiências pessoas enquanto se divertem. Segundo o professor, as horas de afeto são responsáveis pelo aumento da sensação de pertencimento em uma coletividade.
Exposição
O MT Bears com o apoio da 16º Parada da Diversidade LGBT de Cuiabá organizou a 1º Exposição de Arte LGBT de Mato Grosso, no Misc. “Fomos todos juntos à Parada e convidamos mais de 20 artistas mato-grossenses para exporem suas obras no museu”, aponta Rodolfo, que também é o curador da mostra.
Ele aponta que, na medida em que esses encontros acontecem, mais potente a comunidade se torna, uma vez que o grupo se sustenta no coletivo. “Não estamos ali para criar situações de conflito, nós queremos aumentar nossa qualidade de vida”, finaliza o idealizador do projeto.
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