O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, disse que, no momento, não existe doses da vacina contra a dengue, a Qdenga, nem para vender em Mato Grosso e que o Ministério da Saúde recebeu a quantia equivalente para imunizar apenas 1,5% da população brasileira. Desta forma, a Pasta elaborou um critério para escolher os estados que estavam com mais índices de casos, mase Mato Grosso acabou ficando de fora. Contudo, por aqui, os casos já ultrapassam a marca de 15 mil confirmados.
A remessa recebida pelos estados contemplados já está sendo aplicada em grupos prioritários e, nesta quinta-feira (18), o ministério ampliou a vacinação para crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos de idade. Caso a vacinação permaneça com baixa adesão, a faixa etária pode ser ampliada para compreender pessoas de 4 a 59 anos, a critério de cada estado, para não perder a vacina, cujo lote vence no próximo dia 30.
"O Ministério da Saúde recebeu uma doação de doses de vacina da dengue para vacinar o equivalente de 1,5% da população brasileira e escolheu os estados em que a situação estava mais crítica. Mas, não existe vacina disponível nem para vender! Estabeleceu critérios junto à Organanização Mundial de Saúde (OMS) e escolheu, logicamente, os estados e municípios em que a situação era mais grave, e não era o caso de Mato Grosso. A perspectiva de vacina estar disponível para o Brasil é próximo do fim do ano. Não há o que se discutir a curto prazo de que a vacina vá resolver os problemas que temos de dengue", disse Figueiredo em conversa com a imprensa.
Conforme o último informe epidemiológico da dengue da Secretaria de Saúde (SES), Mato Grosso já soma 12 mortes em decorrência da doença e os casos confirmados já passam a marca dos 15 mil, apenas em 2024. Os municípios com registros de mortes em decorrência da dengue são Tangará da Serra (217 km de Cuiabá), com quatro mortes; Cuiabá, com duas mortes; Campo Verde (132 km de Cuiabá), com duas mortes; Primavera do Lesta (234 km de Cuiabá), com uma morte; Nova Mutum (241 km de Cuiabá), com uma morte; Confresa (1.041 km de Cuiabá), com uma morte, e Alto Garças (360 km de Cuiabá), com uma morte.
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Figueiredo ainda destacou que a melhor prevenção contra a dengue é manter a limpeza dos quintais que, segundo o secretário, corresponde a 80% dos focos e proliferação da doença. Ele ainda destacou que a Pasta tem trabalhado em campanhas de conscientização.
"Essa é uma tarefa de cada um cidadão desse estado e não há nesse momento o que justificar a espera de uma vacina para combater a dengue. Nós estamos há muito tempo fazendo campanha tentando sensibilizar a população da importância que é para as coberturas vacinais e também para as medidas de combate à dengue. Estamos frequentemente chamando a atenção da população para que cada um faça a sua tarefa, seja os governos municipais e também todos os cidadãos que residam nesses lugares", explicou.
AMPLIAÇÃO DA VACINAÇÃO
Com a aproximação da data de vencimento das primeiras doses enviadas, que totalizam 5,2 milhões, o Ministério da Saúde ampliou nesta quinta-feira a cobertura vacinal.
A reportagem do HNT entrou em contato com Ministério da Saúde para verificar se tem acompanhado a alta de casos de dengue no Estado e se, com isso, poderá ser incluso na próxima seleção de estados para receber os imunizantes e recebeu a seuinte nota:
O Ministério da Saúde acordou, em conjunto com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), os critérios para a definição dos municípios que receberam as primeiras doses da vacina de dengue, seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Sendo assim, quatro critérios foram estabelecidos. São eles:
Municípios de grande porte, com população residente igual ou superior a 100 mil habitantes;
Maiores taxas de incidência anual média nos últimos 10 anos. A partir desta lista, as regiões de saúde foram selecionadas;
Predominância do sorotipo DENV-2, que está associado à maior incidência de casos graves da doença; e
Número de casos registrados a partir de julho/2023.
O número de regiões de saúde incluídas nessa primeira etapa foi limitado pela quantidade de doses de vacina previstas para 2024, capaz de atender a população de 10 a 14 anos de 686 municípios divulgados pelo Ministério da Saúde. Cabe destacar que os demais municípios brasileiros receberão a vacina assim que o Ministério da Saúde tenha mais doses disponíveis.
A Pasta reforça que assegurar a adequada assistência à população é uma prioridade da atual gestão. Até o momento, o Ministério liberou R$ 93,5 milhões por meios das portarias para estados e municípios que institui recursos para localidades que decretarem emergência, seja por dengue ou outras emergências sanitárias. Os repasses ocorrem mensalmente. Os recursos são parte do R$ 1,5 bilhão reservado para esse fim.
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