A 'rainha da soja', Carolina Scheffer, tornou-se o centro de uma polêmica depois de aparecer pintada de preto em uma festa à fantasia em uma chácara da família, no último sábado (20). Com o corpo inteiro pintado de preto e um peruca 'blackpower', a 'fantasia' da magnata do agronegócio fazia alusão à personagem 'nega maluca', considerada um símbolo do racismo no Brasil.
O episódio tem sido tratado como um caso de 'blackface', uma prática racista difundida desde o século XIX. Adotada originariamente nos Estados Unidos, o 'blackface' é uma imitação esteriotipada dos negros que é performada de maneira exagerada, ridicularizando os traços dessa população.
No Facebook, o coordenador de Juventude da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Refrano) em Mato Grosso, Vinicius Brasilino, rechaçou a atitude.
"Tem práticas que mesmo abominável ainda tem pessoas que tem a pachorra de reproduzir. Blackface não é sobre fantasia, é sobre o racismo que violenta nossos corpos e zomba a nossa história. Essa é Carolina Scheffer que se achou no direito de se pintar de preta enquanto o femicídio mata majoritáriamente as mulheres negras. Tem que ser denunciado. Se quiser fantasiar, se fantasie de qualquer coisa, mas não se pinte de preto. Racistas não passarão!", disparou, na rede social.
Carolina Scheffer é uma das fundadoras do Grupo Scheffer, que atua na produção de grãos em Mato Grosso. A história do grupo começou na década de 1980, quando Carolina e Eliseu Scheffer chegaram ao Estado e começaram a produzir soja, depois, foram pioneiros na plantação de algodão em Sapezal. Atualmente, a direção segue com os filhos Gilliard, Gislayne e Guilherme Scheffer.
Procurado, o Grupo Scheffer informou que o assunto é de esfera privada e não vai se manifestar. O Grupo Bom Futuro, que também é ligado à família Maggi-Scheffer, desmentiu os boatos de que afesta teria acontecido em sua sede e também declarou, por meio de assessoria de imprensa, que o evento foi privado e nenhuma posição será divulgada.
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