O Secretário de Estado de Saúde (SES-MT), Gilberto Figueiredo, afirmou que a Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), deve decidir até a próxima semana a estadualização do Hospital do Câncer (HCan-MT) da capital. O Estado apresentou proposta para que o contrato com a unidade passe a ser gerido pelo governo estadual. A gestão municipal é acusada de "calote" por não fazer repasses. Até o momento, a prefeitura não se manifestou sobre o assunto.
"Já fizemos todas as tratativas legais necessárias. Vamos dobrar os valores destinados para procedimentos no Hospital de Câncer. Para isso, há necessidade do município, da Secretaria Municipal de Saúde, aprovar junto à Comissão Gestora Regional a estadualização desse contrato. Até semana que vem o município deve deliberar a respeito disso", disse.
A proposta do governo do Estado sugere aumentar em 92% o valor do contrato com a unidade, que iria de R$ 48,7 milhões para R$ 93,9 milhões. Com isso, a unidade passaria de 310.893 para 562.008 procedimentos.
Recentemente, a gestão municipal foi acusada mais uma vez de calote pela administração do hospital. Na ocasião, a gestão do HCan chegou a anunciar que a situação colocaria em risco o tratamento de cerca de três mil pacientes. Indagado, Figueiredo disse que o Estado faz o repasse, mas o município "segura" e deixa "acumular".
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"É uma dívida da prefeitura com o Hospital de Câncer. Posso assegurar que não há atraso de pagamento do governo do Estado para prefeitura para honrar com esses compromissos. A prefeitura, na prática, não patrocina os procedimentos do Hospital de Câncer. Quem paga é o governo federal e o governo do estado que repassa os recursos para prefeitura. O problema é que a prefeitura segura esses repasses e fica esse acúmulo. Por isso queremos estadualizar o contrato que vamos pagar o hospital diretamente", explicou.
"Esse atraso gera um desconforto para o funcionamento normal do hospital. É claro que, o contrato ora existente com a prefeitura, não supre toda necessidade da população. É por isso que estamos estadualizando e praticamente dobrando a capacidade disponível deste hospital. O hospital tem capacidade para fazer mais, mas a prefeitura não contratava esse serviço. Vamos contratar a capacidade máxima, não somente do Hospital de Câncer, mas também do Hospital Geral, para que assim a gente possa ampliar a assistência a população", afirmou.
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