Em meio às altas temperaturas registradas na região metropolitana de Cuiabá nos últimos meses, evidenciou-se que os municípios seguem despreparados para debater políticas públicas de enfrentamento ao calor. Apesar de a gestão municipal da Capital garantir o investimento em estruturas climatizadas, a ‘pauta’ não se aprofunda no que diz respeito ao debate em torno do descontrole climático.
Com os termômetros de Cuiabá marcando temperaturas acima da média, setembro deste ano foi considerado o mês mais quente já registrado, tanto no Brasil, como na América do Sul. Apesar das altas temperaturas serem consideradas comuns nesta época do ano, uma onda de calor tornou a situação ainda mais grave, emplacando Cuiabá com o título de cidade mais quente do mundo, com a máxima de 43°C.
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Em conversa com o HNT, o professor de Física Ambiental da Universidade de Mato Grosso, Sérgio Roberto de Paula, comentou sobre a projeção de que em que em até 20 anos Cuiabá atinja a marca de 50°C de temperatura nos períodos mais quentes do ano. Tendo a projeção em vista, surgiu o questionamento sobre ‘como’ as gestões municipais têm se preparado para as mudanças climáticas.
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Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Cuiabá se limitou a dizer que as ações voltadas para o enfrentamento ao calor ocorrem “desde o início da atual gestão”.
Sem destacar ações pensadas a longo prazo, até o momento, as políticas públicas voltadas para as mudanças climáticas em Cuiabá estão limitadas à ‘climatização de ambientes’.
“No início, quase não se via ar-condicionado nas escolas, foi quando surgiu o projeto Climatizar é Humanizar, e teve como meta prioritária instalar aparelhos de ar-condicionado em todas as salas de aula da rede pública municipal de ensino de Cuiabá. As estações de ônibus se encontram atualmente climatizadas e 70% da frota do transporte público, com ar. Isso sem falar nos postos de saúde, que quase 100% também se encontra climatizado”, repassou à reportagem a assessoria de imprensa do município.
AQUECIMENTO GLOBAL
Um estudo suíço da Crowther Lab, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, prevê um aumento de 4,5ºC na temperatura em virtude do aquecimento global. À reportagem, o professor da UFMT Sérgio de Paula destacou que o aquecimento global e o desmatamento da Amazônia são os principais fatores que contribuem para tais mudanças climáticas.
Isso implica dizer que os cuiabanos podem se habituar a ver os termômetros chegando perto da casa dos 50°C.
VÁRZEA GRANDE
O HNT procurou o município de Várzea Grande em busca de informações das políticas públicas adotadas na cidade. No entanto, não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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Aldineth Oliveira camargo 06/11/2023
Deviam era plantar mais árvore na em todo território, isso sim diminuiria o aquecimento global.
1 comentários