Apesar das dificuldades burocráticas, o Carnaval de rua em Cuiabá resistiu e celebrou sua terceira edição, nos dias 1º e 3 de março, no Centro Histórico da capital. O evento, organizado pelo coletivo "Vem quem Quer" - composto pelos grupos Devotos da mandioca, Buriti Nagô, que é maracatu, Cena Livre de Teatro e Associação Casa do Centro - também reuniu produtores e artistas independentes, transformando as ruas do Centro Histórico em um palco vibrante de música, dança e alegria.
Duda Dal Bello, uma das produtoras culturais do evento, relatou as dificuldades enfrentadas este ano. "Foi o ano mais difícil", afirmou. "A burocracia solicitada pela prefeitura, especialmente para um cortejo como o nosso, que busca fomentar a cultura a pé no Centro, foi excessiva. Tivemos muito estresse e medo de o evento não acontecer".
A produtora também criticou a falta de investimento e o pouco reconhecimento aos grupos culturais que atuam no Centro Histórico, promovendo oficinas de música e teatro acessíveis à população. "Somos um grupo de artistas que continua resistindo e existindo", declarou. "É sobre desenvolvimento cultural, sobre as pessoas conhecerem o Centro. É lindo ver as crianças brincando nas ruas, junto do coletivo, o pessoal fantasiado e as alegorias".
O Carnaval de rua, segundo Duda Dal Bello, é uma forma de compartilhar o universo artístico com o público e de ocupar um espaço que precisa de atenção. "Percebam aquele espaço como lugar de criação", conclamou. "Todos ali se doam para que isso aconteça".
Apesar das dificuldades com a gestão municipal, Duda conta que o evento teve o apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que disponibilizou banheiros, e com ajuda de custo do Governo do Estado, por meio da Liga.
"Foi mais um ano lindo, melhor que o anterior, como sempre", celebrou Duda Dal Belo. A produtora espera que, no futuro, a prefeitura reconheça a importância do Carnaval de rua não apenas como uma festa, mas como fomentador da cultura local.
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