Antes da confusão, Savi debochou da derrota de Cecatto, que perdeu a eleição para a prefeitura de Coronel Martins para Moacir Bressolin (PSD). Segundo o vereador do PSD, correligionário do prefeito eleito, o petista não conseguiu vencer o pleito por ter um temperamento agressivo.
"Ofendeu muita gente, mas o nosso povo não merece escutar baixaria como ele disse na eleição. Agora, ele vai ter quatro anos para esfriar a cabeça. A gente ia fazer campanha e o pessoal falava 'eu não voto em um louco'. As nossas unidades de saúde tem psicóloga e psiquiatra. Então, é só ir lá. Para louco tem tratamento", disse Savi. Após a declaração, Cecatto protestou e o vereador do PSD respondeu no microfone: "Cala a boca, baba ovo", o que desencadeou a confusão.
Na eleição para prefeito de Coronel Martins, Cecatto obteve 679 votos (36,4% dos votos válidos) enquanto Moacir recebeu 1.185 votos (63,6% dos votos válidos).
O vídeo da sessão mostra a presidente da Casa, Rosa Camargo (PT), pedindo calma, enquanto o colega de partido pulava pela mesa tentando alcançar o outro vereador. "Para Chico, pelo amor de Deus. Gente, pelo amor de Deus, aqui não é o momento. Não é assim. Somos adultos, então vamos manter a ordem na Casa", disse a petista. Com a continuidade da confusão, a sessão foi suspensa.
Em nota, a Câmara Municipal afirmou que "estão sendo tomadas as medidas cabíveis em consonância com o Regimento Interno", sem detalhar quais são essas providências.
Segundo o Regimento Interno da Casa, cabe à presidência estabelecer a punição a vereadores que cometerem excessos dentro do Legislativo. Essas sanções vão desde advertência pessoal até formalização de uma denúncia que pode cassar o mandato do parlamentar por falta de decoro. Para um vereador de Coronel Martins perder o mandato, é necessário que seis dos nove parlamentares votem pela cassação.
Arlenio Cecatto afirmou ter sido alvo de "ofensas graves e injustas" de Luiz Carlos Savi e admitiu ter agido sob "forte emoção". "Diante dessas palavras que ferem minha honra e ultrapassam qualquer limite do decoro parlamentar, admito que, tomado por forte emoção, reagi de forma imediata", disse por nota. "Sou humano, e não pude aceitar calado a tentativa de desqualificar minha integridade e a confiança que recebi dos eleitores", acrescentou. O Estadão procurou Luiz Carlos Savi, mas não obteve retorno.
(Com Agência Estado)
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