"Não considero que agendas e negociações estejam estagnadas em Baku. Elas são difíceis, não são fáceis, mas há esforço muito grande para que COP29 dê conta do dever de casa, como a COP28 foi capaz de fazer", disse. Ela falou em painel de evento da organização Global Citzen, no Rio de Janeiro.
Em seguida, questionada por jornalistas, Marina se disse "persistente" e não exatamente otimista com relação às negociações.
"Não sou pessimista e nem otimista. Eu sou persistente. E a negociação só acaba quando acaba. Por isso que, geralmente, as COPs são programadas para acontecer em 11 dias e, às vezes, vão até o 12º dia com gente virando noites", disse.
Segundo Marina, a missão brasileira em Baku espera uma segunda semana de COP com negociações intensas para chegar aos "meios de implementação" da agenda climática.
Metas
"Na COP de Dubai, ninguém acreditava que fosse possível sair de lá com uma resolução de transição para o fim do uso de combustível fóssil. E saímos de lá triplicando (as metas para) renovável, dobrando eficiência energética, e com transição para o fim do uso de combustível fóssil", disse Marina se referindo a Dubai como o coração da exploração de petróleo.
Agora, disse ela, a liderança da COP do Azerbaijão teria a clareza de que o indicador de sucesso da COP 29 será "o financiamento e os meios de implementação" das metas.
"Nós (Brasil) temos a clareza de que o maior indicador de sucesso da COP30 são NDCs ambiciosas. E isso tem que acontecer antes da COP30. Então, o trabalho do Brasil já está em curso agora, com aquilo que a gente chama de agenda de mobilização com toda a sociedade", afirmou.
No painel, Marina ainda disse que não é mais o caso de "compatibilizar" economia e ecologia para enfrentar mudanças climáticas, mas sim "integrar" as duas frentes para se atingir os objetivos contra o aquecimento global.
(Com Agência Estado)
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