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Brasil Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024, 17:34 - A | A

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Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024, 17h:34 - A | A

ESTAVA "MARCADO"

Executado em aeroporto de SP entregou à polícia esquemas do PCC

Vinicius Lopes Gritzbach prestou depoimentos ao Ministério Público nos últimos 6 meses. Principal suspeita é de queima de arquivo e vingança

CONTEÚDO G1

Executado tiros no aeroporto de Guarulhos, na tarde desta sexta-feira (8), Vinicius Lopes Gritzbach entregou esquemas criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital) em depoimentos dados ao Ministério Público de São Paulo nos últimos meses.

Gritzbach é réu em processo em que responde por lavar dinheiro da facção criminosa. Ele teria atuado para lavar R$ 30 milhões em dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Segundo fontes da Polícia Federal, a maior parte dessas operações de lavagem foi feita com a compra e venda de imóveis e postos de gasolina.

Em seus depoimentos, o homem entregou esquemas do PCC, deu pistas de ilícitos cometidos pela facção e prometia entregar mais informações. Por isso, a suspeita principal no momento é de seu assassinato é uma queima de arquivo motivada por vingança.

Ainda segundo as investigações, Vinicius chegou a ter influência em células do PCC, como participação no tribunal do crime -- quando se avalia se um integrante deve ou não ser assassinado por deslealdade à facção.

Como a execução aconteceu


O ataque ocorreu por volta de 16h. Vinícius voltava de Goiás acompanhado da namorada e foi surpreendido quando deixou o Terminal 2 do aeroporto. Além dele, outros homens ficaram feridos -- eles seriam seguranças do empresário.

Gritzbach chegou a ser atendido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. Os tiros de fuzil calibre 765 partiram de dois homens dentro de um veículo modelo Gol, cor preta.

 Um dos seguranças estava com o filho de Vinícius, que chegou sozinho ao aeroporto. Segundo as investigações, o empresário tinha quatro seguranças, todos policiais militares de São Paulo. Eles foram identificados e serão interrogados, a princípio, na delegacia do aeroporto de Cumbica. A namorada também será ouvida.

Os quatro seguranças estavam em um carro a caminho do aeroporto, mas o veículo quebrou no caminho. Um dos homens seguiu com o filho do empresário para o Terminal 2, enquanto os outros ficaram no veículo em um posto de gasolina.

Também houve um outro tiroteio perto do Hotel Pullman, nas imediações do aeroporto.

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