Segundo ele, em caso de homicídio, é normal que se investiguem todas as pessoas próximas da vítima. "Naquele momento o pai da vítima também foi investigado. A partir do momento em que foram dirimidas as diligências, de imediato se descartou qualquer envolvimento dele nesse crime", disse, em entrevista coletiva.
Carmo revelou que o local do possível cativeiro em que a jovem foi mantida antes de ser assassinada vai passar por perícia esta noite.
Ele reafirmou que as provas mais contundentes apontam para Maicol Sales dos Santos, o jovem que teve a prisão temporária (30 dias) decretada pela justiça no último sábado, 8. O suspeito passou por audiência de custódia no domingo, 9, e foi mantido preso. A defesa de Maicol diz que a inocência dele será provada.
Maicol é dono do automóvel Toyota Corolla, que foi visto na cena do crime. "No veículo Corolla tivemos a constatação de sangue no porta-malas e tudo leva crer que pode ser da vítima. Já foi encaminhado para o exame de DNA."
O exame demora de 30 a 40 dias e está sendo apressado por ser importante para a investigação. "Contra o Maicol temos provas testemunhais que não deixam dúvida que ele estava no local e o depoimento da esposa, de que ele mentiu quando disse que tinha dormido com a esposa, mas ela disse que ele tinha ido dormir na casa da mãe."
Ainda segundo o policial, os vizinhos comentaram que houve movimentação anormal na casa do rapaz naquela noite, com gritos, além de terem havido ameaças contra algumas testemunhas para mudarem sua versão. "A prisão temporária é para que façamos a colheita de provas com mais profundidade. Estamos fazendo a colheita dos dados telemáticos de dez aparelhos celulares, que já foi autorizada pela Justiça."
Ainda segundo o policial, outros exames estão sendo feitos para comprovar se a adolescente foi vítima de estupro.
Carmo disse que outros dois investigados continuam na mira da polícia. "O Daniel Lucas Pereira, nós pedimos a prisão dele, mas a justiça negou alegando que precisa de mais provas. O Daniel permanece (sob investigação) pois temos no celular apreendido imagens feitas por ele no local onde a vítima desceu, até a residência dela. Foi gravado no celular dele dias antes do fato. Pode ser uma filmagem preparando o local do arrebatamento." Segundo o policial, falta localizar o celular da vítima, que pode auxiliar no esclarecimento do crime.
Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão não havia localizado a defesa de Daniel Lucas Pereira. O espaço segue aberto.
(Com Agência Estado)
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