Boulos diz que faltou diálogo com parte dos trabalhadores. "Essa eleição deixou claro a dimensão desse fenômeno na cidade de São Paulo. Isso acendeu um alerta não só para mim, para a esquerda, mas para todos. Acho que isso reforçou uma coisa que eu e minha equipe tivemos a compreensão e humildade de fazer um mea-culpa e autocrítica, de que nós não dialogamos com um setor importante dos trabalhadores".
"Muitas vezes, meu campo político, pela missão ética que nós temos, a gente acaba focando em uma parcela dos trabalhadores mais pobres e deixamos de falar com uma parcela dos trabalhadores que foram buscar sua prosperidade de outra forma, fazendo seu negócio, virando MEI, uma mulher que virou manicure e um homem da periferia que abriu uma oficina", disse o candidato.
Ele afirma que a extrema direita "ocupou" o diálogo com os trabalhadores autônomos. "Na ausência de diálogo com esse segmento, a extrema direita ocupou esse espaço. Esse reconhecimento está acontecendo agora, porque a dimensão desse fenômeno aqui na cidade de São Paulo ficou claro após a votação".
Para motorista de Uber, ele diz que liberará os veículos do rodízio na capital. "A minha campanha se debruçou para buscar alternativas, como, por exemplo, para você, que é motorista de Uber: uma das propostas que a gente elaborou foi a liberação do Uber do rodízio. Quando ele fica um dia por semana sem poder usar o carro, são, pelo menos, quatro dias no mês".
Para os taxistas, haverá transferência de alvará e permissão de publicidade nas laterais do veículo. "Para quem é taxista, que tem uma dificuldade tremenda de fazer transferência de alvará, vamos criar todas as condições para que se possa fazer".
(Com Agência Estado)
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