Em coletiva de imprensa neste domingo, 27, após o fim do segundo turno, a ministra ressaltou que cada região deverá ter suas especificidades apuradas. "Há um aumento de abstenção no segundo turno. Tivemos casos climáticos, outros problemas. Vamos verificar e ver o que podemos aperfeiçoar. Vamos ter que apurar em cada local e trabalhar com os dados". A abstenção deste ano ficou ligeiramente abaixo dos números de 2020, ano em que o País enfrentava a pandemia de covid-19. Na ocasião, 23,15% faltaram às urnas no primeiro turno e 29,53% no segundo.
Segundo a magistrada, houve cidades onde, do primeiro para o segundo turno, a abstenção aumentou neste ano, enquanto em outras o índice diminuiu, contrariando a tendência, apontada pela própria ministra, de crescimento do índice entre as etapas. "Houve município que teve 16% de abstenção e houve município com 30%", relatou.
Diante desses números, a presidente da Corte afirmou que o TSE vai se debruçar nas próximas semanas sobre os números específicos de cada local para entender como diminuir o índice para as próximas eleições. A pesquisa deve ser feita pelos Tribunais Regionais Eleitorais e relatada à corte federal.
A ministra citou dois exemplos para provar seu argumento sobre a diferença entre as cidades. Segundo Cármen Lúcia, o Amazonas, que teve segundo turno na capital, apresentou uma abstenção menor que a média nacional. Manaus registrou quase 24% de ausência nas urnas. "No Amazonas, onde tínhamos uma preocupação em relação à estiagem, tivemos o menor índice de abstenção do que a gente tinha apurado", explicou.
Já sobre Porto Velho, capital de Rondônia, a presidente explicou que o clima pode ter aumentado a ausência dos eleitores. "Porto Velho teve chuva intensa, então o eleitorado que, normalmente, vai de manhã teria que ter ido a tarde. Mas, por exemplo, para o eleitorado que tem o voto facultativo, isso desanima", relatou. A capital registrou quase 31% de abstenções, contra 19% no primeiro turno deste ano.
(Com Agência Estado)
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