Entender a constituição das famílias escravas e de seus descendentes, necessariamente reporta- novamente a relembrar as características da Capitania/Província de Mato Grosso, em que a fronteira e a economia mineradora e a pecuária extensiva, lançaram os lastros que dariam as coordenadas gerais das formas de fixação e de reocupação desse território por parte dos governantes, de seus administradores e senhores proprietários de grandes extensões de terras, assim como, os migrantes e os imigrantes que por aqui chegaram.
Lenine de Campos Povoas em “Os Italianos em Mato Grosso, destaca o ingresso das pioneiras e primeiras famílias italianas a contribuir para colonização de vários municípios mato-grossenses, inclusive, nas indústrias mato-grossenses, com destaque para os Orlando, Verlangieri, Capriata, Gaeta, Fortunato; Ricci; Fava; Spinelli; Maiolino; Cândia; Tenuta; Dorsa; Orlando; Sardi; Zanata; Lotufo; Scarselli, Vuolo, Schiffini dentre outros.
Dentre esses italianos estabelece em Cuiabá Francisco Schiffini, italiano, latoeiro, pai de Luiz Schiffini que nasceu no Brasil, em 1902, mas foi criado na Itália, para onde seus pais mais tarde retornaram. Luiz retornou ao Brasil, provavelmente junto com seus primos Francisco e José Lotufo. Residiu algum tempo em São Paulo-SP e depois veio para Cuiabá-MT.
Era o único filho varão. Tinha cinco irmãs que ficaram na Itália. Residente na Avenida Tenente-coronel Duarte, conhecida com Prainha. Comerciante. Proprietário de loja na Rua Galdino Pimentel, onde se encontra o Museu de Pedras Ramis Bucair, atualmente desativado.
Durante a sua vida em Cuiabá-MT exerceu a única profissão de latoeiro. Econômico, organizado, empregou a sua inteligência no aprimoramento do seu trabalho artesanal, cujas economias advindas do seu trabalho possibilitou a aquisição de sua casa própria, bem como, um pequeno capital que emprestava a juros a alguns moradores da na cidade.
Em Cuiabá casou com Enésia de Camargo, nascida em Mimoso, distrito de Santo Antônio de Leverger-MT e teve os seguintes filhos: Maria José Schiffini Gomez, já falecida, casou com o boliviano Raul Gomez Tapia; Mussolina Itália Schiffini, professora aposentada; José Benedito Schiffini, falecido aos 5 anos de idade, Luiz Schiffini Filho, falecido aos 4 anos; José dos Reis Schiffini, falecido aos 28 anos de idade, quando estudava medicina veterinária em Goiânia-GO.
Luiz Schiffini faleceu em 22 de julho de 1973, aos 71 anos de idade e sua esposa em 1979. Deixou em Cuiabá as seguintes ramificação: Schiffini Gomez, Reis Schiffini.
(*) NEILA BARRETO é Jornalista. Mestre em História. Membro da AML e atual presidente do IHGMT.
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