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Artigos Segunda-feira, 08 de Julho de 2024, 08:46 - A | A

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Segunda-feira, 08 de Julho de 2024, 08h:46 - A | A

GIOVANA FORTUNATO

Detecção precoce e tratamento da endometriose

GIOAVANA FORTUNATO

Apesar de sua alta incidência acomete uma em cada dez pacientes em fase reprodutiva a endometriose ainda é uma doença diagnosticada tardiamente. Disseminar informações sobre o assunto continua sendo um dos maiores desafios dos ginecologistas. Ensinar a mulher a identificar os primeiros sinais da doença, se possível ainda na adolescência, e adotar questionamentos mais específicos nas consultas de rotina são algumas iniciativas para tentar identificar precocemente o problema.

No período fértil, o organismo prepara o útero para receber a gestação, o que só é possível devido à ação dos hormônios estrogênio e progesterona. Quando não ocorre a gravidez, há uma descamação da camada interna do útero, o endométrio, resultando na menstruação. Não se sabe exatamente o porquê, mas esse tecido pode seguir em outras direções e se instalar principalmente nos ovários e tubas uterinas, peritônio (tecido que recobre os órgãos da cavidade abdominal), ligamentos que dão sustentação ao útero, espaço entre o reto e a vagina e miométrio (camada muscular do útero), intestino e sistema urinário.

O risco para a endometriose pode ser maior em mulheres cujas mãe e irmãs sofreram do mal, sugerindo fatores genéticos envolvidos. Outras pesquisas indicam problemas imunológicos que reduziriam as defesas do organismo e facilitariam o crescimento do endométrio em outros órgãos. Mas há um perfil comum entre mulheres com o problema: são bem ativas, ansiosas, com atividade profissional intensa, que mesmo com dor, continuam com suas rotinas, o que explica por que a endometriose é chamada de doença da mulher moderna.

Além das queixas da paciente, há outras formas de detecção da endometriose, como exame clínico, por meio do toque vaginal, realizado por um profissional experiente e considerado de grande valia. Mas os exames de imagem, como ultrassom transvaginal (com preparo intestinal) e a ressonância. Outro exame a ser solicitado é o de dosagem sanguínea do marcador Ca 125, feito no início do ciclo menstrual pode ajudar no segmento de atividade da doença, não é específico, porém tem uma sensibilidade.

A boa notícia é que, com o avanço das pesquisas e a melhora progressiva da qualidade dos exames, a endometriose pode ser diagnosticada e tratada precocemente. As cirurgias laparoscópicas, por exemplo, são eficazes em casos de endometriose superficial e nos ovários – onde é feita uma pequena incisão no ovário para retirada da cápsula de sangue formada no local. Para tratar as endometrioses profundas recorre-se a cirurgias mais complexas, envolvendo equipe multiprofissional. Em casos de infertilidade, há opções oferecidas pelas técnicas de fertilização assistida que são bem-sucedidas e permitem às mulheres engravidar.

Há ainda o tratamento hormonal, uso de pílulas anticoncepcionais, DIUs hormonais, que bloqueiam a menstruação. Mais recentemente foi lançado um método específico, somente à base de progesterona, com ação nesses focos de endometriose, que tem mostrado redução da sintomatologia da doença.

(*) Dra. GIOVANA FORTUNATO é ginecologista e obstetra, docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HUJM e especialista em endometriose e infertilidade no Instituto Eladium

 

 

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