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Artigos Segunda-feira, 07 de Abril de 2025, 13:19 - A | A

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Segunda-feira, 07 de Abril de 2025, 13h:19 - A | A

GABRIEL NOVIS

7 de abril

GABRIEL NOVIS NEVES

Há dezenove anos, quando se aproxima o dia 7 de abril, sinto a imensa dor da saudade — a ausência da minha mulher Regina Borbon.

Os anos passaram e, ao contrário do que dizem, a dor não diminuiu. Cresceu. E me obriga a imaginar como seria a vida se ela ainda estivesse entre nós.

Mãe carinhosa, esposa fiel, era amada pelos três filhos e pelos seis netos.

Como estaria agora, diante dos cinco bisnetos?

Deus sabe o que faz. E, se Ele a levou antes que conhecesse qualquer um dos seus bisnetos, foi porque entendeu que assim seria o melhor —para ela, para eles.

A bisneta mais velha completou oito anos. E já sabe que sua bisa tão amada virou uma estrelinha no céu.

Como tem sido difícil esta caminhada solitária!

E me entristece pensar nas crianças que não puderam conhecê-la. Sabem apenas que deixaram de abraçar e beijar uma criatura extraordinária.

Fico ainda mais triste quando a família se reúne em datas especiais, como os aniversários. A ausência dela pesa mais nesses momentos

Que sofrimento escrever esta crônica hoje!

Por que escrevo?

Porque acredito que registrar esta data, ainda que dolorosa, é importante. É o que alimenta a nossa memória afetiva.

Partir deste mundo aos 62 anos nos parece cedo. Mas Deus quis assim. E assim foi feito.

Coube a mim cuidar dos filhos, netos e, agora bisnetos — que continuam crescendo.

Que méritos tive para merecer tantas dádivas?

Deus está sempre no comando, guiando-nos pelos caminhos certos.

Somos nós que nem sempre aceitamos o destino que nos é dado.

Queria todos reunidos, sem a ausência de ninguém, até o infinito.

Mas o egoísmo faz parte da natureza humana — sobretudo quando perdemos alguém tão próximo.

A vida é assim. Sempre foi. Sempre será. E a dor da separação nos acompanha por toda a existência.

O 7 de abril, que nesta próxima segunda-feira volta ao calendário, marcou o início de uma dor que começou há dezenove anos — e que não terá fim enquanto eu estiver neste planeta.

(*) GABRIEL NOVIS NEVES é médico e ex-reitor da UFMT.

FONTE: https://bar-do-bugre.blogspot.com/ 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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