Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,80
euro R$ 6,32
libra R$ 6,32

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,80
euro R$ 6,32
libra R$ 6,32

Variedades Segunda-feira, 04 de Novembro de 2024, 20:30 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 04 de Novembro de 2024, 20h:30 - A | A

Morre Evandro Teixeira, um dos maiores fotojornalistas do Brasil, aos 88 anos

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Nesta segunda-feira, 4, morreu aos 88 anos Evandro Teixeira, um dos maiores fotojornalistas do Brasil. O fotógrafo estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, e morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos após complicações de uma pneumonia. Evandro deixa a mulher, Marli, com quem foi casado por 60 anos, além de duas filhas e três netas.

O velório será realizado na terça-feira, 5, em uma cerimônia aberta ao público na Câmara dos Vereadores, no Centro do Rio.

O Legado de Evandro Teixeira

Nascido em 1935, em Irajuba, um pequeno povoado a 307 quilômetros de Salvador, na Bahia, Evandro Teixeira deixou sua cidade natal para capturar o Brasil através de suas lentes. Ainda jovem, ele fez um curso de fotografia a distância e, reconhecido pelo talento, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1957, onde passou a trabalhar no Diário da Noite.

Em suas imagens em preto e branco, Evandro registrou momentos icônicos da história brasileira, consolidando-se como um dos grandes nomes do fotojornalismo. Passou 47 anos no Jornal do Brasil, onde documentou episódios marcantes, como o golpe militar e a ocupação do Forte de Copacabana em 1º de abril de 1964. Para fazer o registro, ele se disfarçou de oficial, escondendo uma câmera ao lado de um amigo militar. "Ele bateu continência, eu bati também e disse que era o capitão tal - já não lembro o nome (risos)", relembrou em entrevista ao G1 em setembro de 2023.

A foto tornou-se capa do Jornal do Brasil, destacando os militares em contraste com a chuva que caía. "Tirei o filme da câmera e escondi na meia. Na saída, tive que mostrar a câmera, mas o filme já estava seguro", contou.

A marcha de cem mil pessoas protestou contra as arbitrariedades do regime militar. Como resposta, Costa e Silva decretou, em dezembro de 1968, o Ato Institucional número 5 (AI 5), que suspendia garantias constitucionais e concedia enormes poderes ao governo federal

Evandro transformou seu trabalho em uma forma de resistência, documentando para que os horrores da ditadura no Brasil não fossem esquecidos. Ele também registrou a histórica Passeata dos 100 Mil em 1968, na Cinelândia, no Centro do Rio, capturando cenas como a de um estudante caindo enquanto era perseguido por policiais. Em entrevista ao Estadão em 2014, refletiu sobre a cobertura desses momentos tensos: "É a própria sociedade que se manifesta de uma forma diferente. E, infelizmente, o 'inimigo' pode estar ao seu lado".

(Com Agência Estado)

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros