"Todos os refugiados que conheci no Brasil experimentaram o duplo, às vezes, triplo, horror de serem forçados a se deslocar, não uma ou duas, mas três vezes - cada vez perdendo tudo que tinham e tendo de reconstruir suas vidas do zero. Cada vez com mais frequência, esse deslocamento é causado por eventos climáticos extremos", declarou durante a visita.
Em Porto Alegre, a atriz visitou o Sarandi, um dos bairros mais afetados pelas cheias de maio. Lá, ela conheceu Johanna, uma mãe-solo refugiada da Venezuela. "Com os três filhos pequenos, ela perdeu o emprego e a casa nas enchentes de maio e ficou sem comida ou energia por dias a fio. Ela me disse: Meus filhos ainda estão muito traumatizados. Quando choveu ontem, eles se esconderam embaixo da mesa da cozinha. Preciso estar preparada para quando houver outra enchente. Preciso reconstruir com tijolos desta vez", relatou Cate.
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Cate Blanchett esteve com o governador Eduardo Leite que destacou a "tremenda empatia" da atriz com as pessoas que foram afetadas pela enchente. "Tive o privilégio de conversar longamente com ela em um jantar no Palácio Piratini e testemunhar uma simpatia surpreendente. Foi marcante e encantadora a presença dela", disse o político no seu perfil no Instagram.
Além de Porto Alegre, Cate visitou as cidades de Taquari e Cruzeiro do Sul. Ela esteve no País entre a última segunda, 16, e a quarta-feira, 18.
De acordo com a Defesa Civil, dos 497 municípios gaúchos, 472 foram atingidos pelas enchentes do primeiro semestre, afetando mais de 2,3 milhões de pessoas.
(Com Agência Estado)
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