Quando assumir a Prefeitura de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM) será a sétima gestora da cidade industrial em apenas quatro anos. A democrata foi nomeada pela Justiça Eleitoral após a cassação do mandato de Walace Guimarães (PMDB), nesta terça-feira (05), por prática de "caixa dois" na campanha eleitoral de 2012.
Contudo, antes da posse de Lucimar, o presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande, Calistro Lemes do Nascimento (PMDB), o Jânio Calistro, assumirá um "mandato tampão" por 24 horas, até que seja notificado oficialmente da decisão judicial e emposse a democrata.
Nos últimos anos, passaram pela Prefeitura de Várzea Grande Murilo Domingos (2005-2011), João Madureira dos Santos (2011), Tião da Zaeli (2011-2012), Antônio Gonçalo Pedroso Barro (2012), Walace Guimarães (2013-2015) e Janio Calistro (2015) e, finalmente, Lucimar Campos.
A política em Várzea Grande vive um clima de instabilidade desde 2011, quando o então prefeito Murilo Domingos (PR) e seu vice, Tião da Zaeli (PSD), foram afastados dos cargos pela Câmara de Vereadores, no dia 2 de março, sob o argumento de que a cidade vivia um caos administrativo.
Quem assumiu, no dia 3 de março, foi João Madureira dos Santos (PSC), que era presidente da Câmara de Vereadores à época.
Mas o mandato de Madureira durou apenas até o dia 11 de abril, quando o juiz José Leite Lindote reintegrou Tião da Zaeli ao cargo de vice-prefeito e ele assumiu a Prefeitura.
Dias depois, a cidade protagonizou uma situação mais que inusitada: teve três prefeitos em menos de 24 horas. O caso chegou a ser veiculado no programa Fantástico, da TV Globo. A situação terminou com Tião da Zaeli como prefeito, mas só por 20 dias, até Murilo Domingos voltar ao cargo no dia 04 de maio.
Contudo, o novo mandato de Domingos também não durou muito e ele afastado pela justiça no dia 28 de julho de 2011 e novamente cassado pela Câmara de Vereadores no dia 19 de outubro. O vice, Tião da Zaeli assumiu desde o afastamento, em julho, e conquistou o mandato definitivo com a cassação.
Mas, Tião também não chegou ao final do mandato, renunciando ao cargo no dia 30 de outubro de 2012, 60 dias antes da posse de Walace Guimarães, que derrotou o social-democrata nas eleições de 2012.
Assumindo um mandato tampão, Antônio Gonçalo Pedroso Barros, o Maninho de Barros (PSD), ficou à frente do município durante cerca de 60 dias, entre a renúncia de Tião da Zaeli e a posse de Walace Guimarães.
Walace foi eleito em 2012 com 47.338 votos (35,14%) enquanto Lucimar Sacre Campos (DEM), a segunda colocada no pleito, recebeu por 44.286 votos(32, 87%). Antes de ser eleito para o Executivo, Walace Guimarães exerceu a presidência da Câmara Municipal de Várzea Grande e foi eleito para dois mandatos de deputado estadual.
ENTENDA O CASO
Segundo uma perícia realizada pela empresa de auditoria Suporte Empresarial, de Cuiabá, a pedido do partido Democratas, os doadores de campanha, fornecedores e aliados de Walace e seu vice, Wilton Coelho (PR), movimentaram mais de R$ 1,2 milhão entre si no período eleitoral.
Os valores mais vultosos teriam sido transferidos pela empresa de M. Sabatini Filho e Cia Ltda., de Mauro Sabatini Filho, secretário de Finanças de Várzea Grande. Ele teria transferido cerca de R$ 517 mil para empresas que prestaram serviços a Walace.
Além de Walace, Mauro Sabatini e Wilton Coelho, também são investigados Josias Guimarães (irmão do prefeito e coordenador de campanha) e Evandro Gustavo (proprietário da empresa E.G.P. da Silva ME).
A ação de cassação foi proposta pelo Ministério Público Eleitoral e o diretório municipal do partido Democratas (DEM).
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KAKA 07/05/2015
Em 4 anos 7 prefeitos, isso significa que não é a quantidade que resolve mas a qualidade é que manda, prova é a merd... que está a cidade de Varzea Grande.
1 comentários