O deputado federal por Mato Grosso, José Medeiros (Podemos), cumpriu a promessa de que iria denunciar o youtuber Felipe Neto por 'crime de segurança nacional'. Em junho, o parlamentar fez uma publicação nas redes sociais acusando o youtuber de infringir as leis por prestar apoio ao movimento antifascista.
A denúncia foi protocolada junto à Procuradoria Geral da República no mesmo mês, mas veio a público somente nesta terça-feira (29).
No pedido, Medeiros se refere a um episódio registrado em São Paulo, em 31 de maio, quando houve acirramento entre militantes antifascistas e grupos que defendem o presidente Bolsonaro (sem partido).
Os ânimos se exaltaram após diversas manifestações governistas que utilizaram símbolos de regimes autoritários, como o nazismo, e demandaram o fechamento de instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF).
À época, Felipe Neto saiu em defesa, por meio de publicações no Twitter, das manifestações pró-democracia, enquanto José Medeiros é da ala aliada ao governo.
No pedido de investigação encaminhado à PGR, o deputado narra que os atos realizados em prol do governo Bolsonaro eram pacíficos e contaram com a presença de crianças e idosos.
Por outro lado, Medeiros afirma que a manifestação antifascista era composta majoritariamente por homens, membros de torcida organizada e que iniciaram confrontos com os manifestantes pró-governo.
O deputado narra uma cena de "barbárie" na Capital paulista em que os militantes antifascistas "agrediram cidadãos, depredaram patrimônio público, entraram em confronto com policiais e os agrediram".
“Tais cenas foram aterrorizantes e demonstram a vontade desse grupo em promover processos violentos para alteração da ordem política social, bem como a incitação à luta com violência entre as classes sociais, o que fere claramente a lei de segurança nacional em seu art. 23”, garante Medeiros.
No documento, o político da ala bolsonarista, também listou a deputada Sâmia Bomfim (PSOL - RJ), o deputado Glauber Braga (PSOL -RJ) e o candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, com base na lei de segurança nacional.
Outro lado
Por meio de assessoria de imprensa, Felipe Neto afirmou ao Extra que, "como já é de conhecimento de todos, a partir do momento em que assumiu postura crítica em relação ao governo vigente, vem sendo alvo de uma criminosa campanha difamatória. Por esses motivos, e por confiar nas instituições responsáveis, Felipe Neto recebe com absoluta tranquilidade a notícia de que o referido deputado, em tentativa de silenciamento e confundindo manifestações de livre pensamento e crítica com atos antidemocráticos, próprios justamente do governo que ele apoia, solicitou à Procuradoria Geral da República que o investigue por crimes que jamais praticou".
(Com informações do portal Extra)
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