O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (União Brasil), que é suplente de deputado estadual, rebateu as críticas de parlamentares da Assembleia Legislativa (ALMT) quanto à participação de membros do Executivo na política. Para ele, esse movimento não pode ser considerado "injusto". Em tom irônico, Gilberto lembrou que o contrário também acontece — parlamentares migram para cargos no Executivo — sem que isso gere questionamentos. Ele ainda destacou que, ao ser convidado para comandar a Secretaria de Saúde, exercia o mandato de vereador por Cuiabá.
"Parece que a Constituição permite isso, né? E a legislação eleitoral também. Será que todos os deputados que estão aqui sempre foram parlamentares? Nenhum deles exerceu função no Executivo? Será que não tem nenhum que já foi governador, que já foi prefeito, que virou deputado? Quer dizer, o inverso pode. Quem está no Executivo não pode virar Legislativo, mas quem passa pelo Legislativo pode virar Executivo", disparou Gilberto Figueiredo à imprensa nesta segunda-feira (14) após participar de audiência da Comissão de Saúde na AL.
À exemplo das últimas eleições, o cerco começa a se fechar contra Gilberto e outros secretários com potencial para conquistar cadeiras na Assembleia. Outro nome ventilado nos bastidores é o titular da Secretaria de Estado de Educação, Alan Porto. Ambos afirmam estar à disposição do governador Mauro Mendes (União Brasil), mas não adiantam as articulações, garantindo se serão ou não candidatos.
"Não, não sei. Isso aí é uma decisão para tomar lá na frente, de acordo com a norma vigente que decide isso. É muito cedo para criar agora uma expectativa para me decidir se votar nesse partido, se não votar, se vou ser candidato ou não. O meu compromisso com a população de Mato Grosso é entregar aquilo que eu prometi. E quem dera eu tivesse mais prazo para fazer isso. Mas eu sei que chegando em março eu tenho uma decisão para tomar e só vou tomar lá", desconversou Gilberto Figueiredo.
O secretário disse que não sente esse sentimento de que haja uma disputa injusta e destacou que os deputados também possuem uma estrutura à sua disposição. De acordo com ele, essa suposta animosidade "é uma besteira".
"Eu não sei. Eu nem vejo esse movimento por parte dos deputados. Eu estive aqui próximo a eles. Eu acho que isso aí é muito mais uma história que alguém está inventando, porque não há preocupação de deputado, secretário", finalizou.
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