“Realmente quem perde é o Legislativo Municipal com a cassação de um vereador da qualidade dele”. A declaração é do colega de parlamento Marcelo Bussiki (PSB), sobre a possibilidade de o Plenário da Casa de Leis votar pela cassação de Abílio Junior (PSC). Para o vereador, o processo faz parte de uma articulação do Executivo Municipal para intimidar a oposição.
Nesta quarta-feira (12), a Comissão de Ética da Câmara Municipal aprovou por unanimidade o relatório que propõe a cassação do mandato de Abílio por quebra de decoro parlamentar. Toninho de Souza (PSD) e Vinicius Hugueney (PP) acompanharam o relator, o vereador Ricardo Saad (PSDB).
Entretanto, para Bussiki o processo para tirar Abílio da Câmara é um ato político promovido pela Prefeitura de Cuiabá para intimidar os vereadores que fazem oposição a Emanuel Pinheiro (MDB).
“A gente sabe que o Abílio é um vereador que faz oposição bem forte em relação ao Executivo Municipal e isso surgiu lá dentro, tanto que o Oséias Machado, que é o primeiro suplente e assessor do prefeito, que representou. Ele é o principal interessado pela vaga”, pontuou Bussiki.
“A gente sabe que isso partiu de lá de dentro do Executivo para de certa forma dar uma intimidada nos vereadores de oposição, em especial ao Abílio”, completou.
Ainda conforme o pessebista, Abílio estaria sofrendo perseguição, pois em seu entendimento não houve excessos de função.
“Não vi em nenhum momento que ela tenha extrapolado as funções de vereadores que é fiscalizar. E debate de plenário tem em todo lugar. Tem na Assembleia Legislativa, tem a nível federal, municipal. O calor do debate existe e isso não é motivo para cassar ninguém”.
Saiba mais
Abílio é investigado após ter sido alvo de diversas denúncias de quebra de decoro parlamentar protocoladas por seu próprio suplente, Oséias Machado (PSC).
No documento encaminhado à Casa de Leis, o correligionário de Abílio apontou que o vereador em diversas oportunidades abusou das prerrogativas constitucionais previstas para sua função.
Um dos exemplos foi a ida do parlamentar ao Hospital São Benedito. Em setembro de 2019, Abílio foi à unidade de Saúde para fiscalizar o local, entretanto para o diretor do hospital e suplente Oséas Machado, Abílio abusou das prerrogativas constitucionais, quando revirou gavetas, constrangeu funcionários e expôs pacientes em vídeos divulgados nas redes sociais.
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