O vereador Abílio Júnior (PSC) atacou os colegas de Parlamento da Câmara Municipal de Cuiabá, nesta quinta-feira (13). Usando adjetivos como "corrupto", 'bandido" e "ladrão", o parlamentar chegou a acusar o presidente da Comissão de Ética da Casa de Leis, Ricardo Saad (PSDB), de utilizar do seu cargo político para cometer irregularidades, como furar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Em resposta, Saad disse que entrará com um processo criminal contra o parlamentar.
Em sua fala, Abílio afirma ainda que Saad vem atuando, algumas vezes, como “cobrador” do Hospital Santa Helena – local onde o tucano trabalha como médico.
“Um médico de grande credibilidade, de idade, que eu já vi várias vezes cobrando aqui a fatura no corredor. O Hospital Santa Helena é o que mais recebe recursos da Prefeitura. É claro, tem um grande cobrador aqui”, aponta Abílio.
“Existem bons vereadores aqui na casa. Eu conheço, mas Toninho, Chico, Saad, Luís Claudio, Juca e Adevair são a pior classificação de vereadores. Este grupo representa os piores vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá”, completou o vereador.
O parlamentar finalizou sua fala na tribuna pontuando que, nos bastidores, circulou a proposta de que a votação de sua cassação poderia ser adiada desde que a “Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó”, que tem como alvo o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), também fosse deixada de lado.
Em resposta à fala de Abílio, Saad utilizou sua atuação profissional como garantias de sua idoneidade política.
“Eu não sou igual ao senhor. Eu não me escondo atrás do meu avô ou de quem quer seja na igreja. EU sou o doutor Ricardo Saad, médico, 37 anos prestando serviço nesta cidade. Ninguém pode falar mal de mim”, respondeu o vereador.
Comissão
O pedido de cassação de Abílio foi protocolado por seu suplente, Oséias Machado (PSC). O documento cita diversas situações que seriam “incompatíveis com o decoro parlamentar, por abuso das prerrogativas constitucionais asseguradas ao vereador”.
Em resposta à decisão, Abílio disse que recorreria na Justiça, pois o processo estaria repleto de falhas.
“O processo está cheio de falhas. Se cassarem meu mandato, eu volto. O processo é político, não é técnico. Não renuncio. Quem quiser votar para cassar meu mandato, que casse. Este é um ano eleitoral e as urnas vão lembrar de vocês”, disse Abílio após votação.
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