As investigações da Polícia Federal constataram que o esquema criminoso de comercialização de mercúrio contrabandeado para extração de ouro na Amazônia alcançava lucro semelhante ao do tráfico de drogas, com margens de dividendos de 25% a 27% por mês. Isso foi constatado através das planilhas financeiras feitas pelo proprietário da WR Engenharia, William Leite Rondon, delator do esquema. O bando foi alvo da segunda fase da “Operação Hermes II”, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (8) em cidades de Mato Grosso e outros dois estados.
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Inicialmente, William era apontado apenas como um dos 'financiadores' do grupo criminoso. Entretanto, as investigações revelaram que uma aproximação entre o empresário e Arnoldo Veggi conferiu a ele um maior grau de importância na organização, passando a atuar como sócio na administração logística e contábil das atividades ilícitas.
Ele narrou que Veggi sempre vendeu mercúrio, porém, sempre foi desorganizado, motivo pelo qual começou a fazer planilhas para o controle do dinheiro que vinha da venda do mercúrio ilegal.
Na delação para a PF, o empresário disse que, após a deflagração da primeira fase da operação, Arnoldo chegou a apagar todas as conversas que tiveram pelo WhatsApp, mas William tinha as planilhas financeiras que provavam toda movimentação criminosa do bando e Veggi não sabia da existência delas.
Nos documentos fornecidos pelo empresário, foi constatado que não havia somente a movimentação financeira do grupo, mas também de todos os clientes, devidamente identificados e já aferidos pela Polícia Federal. Ainda foi constatado que, durante a checagem nas planilhas, que o lucro do bando era tão grande quanto ao do tráfico de drogas, com um fluxo de 'dividendos' em torno de 25% a 27% em um lapso de tempo inferior a um mês. "Ou seja, temos lucros líquidos próximos ao tráfico de drogas", reforçou a polícia no inquérito.
De acordo com a Polícia Federal, William Leite chegou a lucrar R$ 904,9 mil com os 'investimentos' que fez na importação ilegal do metal.
HERMES II
A Polícia Federal cumpriu 34 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (8) contra suspeitos de participação no esquema de contrabando de mercúrio. A organização foi dividida entre seis grupos estruturados em financiadores, fornecedores, sócios, intermediários, compradores e operadores.
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O novo desdobramento dá continuidade à Operação Hermes (Hg), deflagrada no fim de 2022 e considerada a maior operação do país com objetivo de desarticular o uso ilegal de mercúrio na extração de minérios.
Em Mato Grosso, a investigação atingiu nomes poderosos do setor mineral, como Filadelfo Dias e Valdinei Mauro de Souza, o Nei Garimpeiro.
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Benedito da costa 10/11/2023
So posso dizer que são bandidos, contrabandistas, sonegadores, destruidores do bioma do Pantanal, amazônia e cerrado. Enriqueceram ilicitamente e incluindo filho do governador que já começou nos negócios escusos instruído pelo Pai.
1 comentários