O delegado Higo Rafael Ferreira afirmou que chamou atenção das autoridades o fato de quatro envolvidos na execução das irmãs Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto ostentarem e comprarem mais de R$ 6 mil em roupas e perfumes caros depois do crime, praticado no último sábado (14), em Porto Esperidião (320 km de Cuiabá). O quarteto foi localizado em Cáceres (220 km da Capital), cidade vizinha, para onde fugiram depois do duplo homicídio.
“Esses quatro foram localizados após chegarem em Cáceres, se hospedarem em um hotel, irem em diversas lojas caras e comprar roupas e perfumes. Eles compraram quase R$ 6 mil em roupas no débito, pagaram taxista um valor alto no pix, o hotel no pix... Eles estavam com uma boa quantia em dinheiro”, afirmou o delegado em entrevista à rádio CBN, nesta terça-feira (17).
O próximo passo da investigação é descobrir a origem do dinheiro, conforme explicou Hugo. “Eles gastaram no dinheiro e no débito. Esse é um ponto a esclarecer: de onde veio esse dinheiro?”, questionou.
O delegado acredita que conforme o avanço do inquérito, outras pessoas, envolvidas indiretamente, poderão ser responsabilizadas. “Ainda tem outras pessoas envolvidas, que participaram indiretamente, desde o cerco [das vítimas] até a casa. Ainda tem pessoas que serão responsabilizadas no decorrer do inquérito”, garantiu.
O CRIME
Rayane a e a irmã Rithiele foram sequestradas por membros do Comando Vermelho (CV) enquanto estavam no Festival de Pesca de Porto Esperidião. Elas foram levadas para uma casa, na região central da cidade, onde foram torturadas e mortas a facadas. O irmão das jovens também foi raptado. Ele teve uma das orelhas cortadas e um dedo mutilado. Um amigo do trio, também levado pelos criminosos, conseguiu fugir e pediu ajuda da Polícia Militar.
A ordem de execução das vítimas partiu de uma liderança do grupo criminoso, identificado apenas como ‘Véio’, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE). O faccionado mandou matar as irmãs depois que elas publicaram uma foto nas redes sociais em que aparecem fazendo o número ‘três’ com os dedos, em suposta apologia à facção rival, o Primeiro Comando Capital (PCC).
Até o momento, doze pessoas foram detidas, entre maiores de idade e menores. A Polícia Civil continua apurando o caso.
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