O comandante da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, revelou detalhes do comportamento de Almir Monteiro dos Reis, ex-PM acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon. Antes de ser expulso da Polícia Militar, Almir trabalhava no batalhão que, à época, era comandado por Mendes. Segundo o coronel, o ex-PM trabalhava como 'qualquer outro policial' e não dava sinais de transtornos mentais.
"O PM Almir há 10 anos trabalhava normal, como qualquer outro policial, sem qualquer indício de doença. Quando ele cometeu o crime [roubo a um posto de gasolina] a Polícia Militar agiu rápido, o prendemos em flagrante na mesma madrugada, na casa dele, mesmo local onde ele cometeu o crime da advogada. A polícia agiu rápido, ele foi excluído da corporação. É uma pessoa que nunca deveria sequer ter entrado na instituição", afirmou nesta terça-feira (15).
Almir Monteiro dos Reis foi definitivamente excluído da PM em 2015 depois de cometer um roubo em um posto de gasolina. Para tentar reabrir o processo, a defesa do ex-PM alegou que ele sofre de esquizofrenia. A condição psiquiátrica, inclusive, livrou Almir da prisão ainda em junho deste ano. Ele foi preso no cumprimento de mandado judicial, mas ficou em liberdade ante a ausência de vaga no Hospital Adauto Botelho.
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Um dia depois, uma nova avaliação médica atestou que Almir estava apto para trabalhar. O laudo embasou a decisão da juíza Suzana Guimarães Ribeiro, da 6ª Vara Criminal de Cuiabá. Ela converteu a prisão em flagrante do ex-PM para prisão preventiva no caso da morte de Cristiane Castrillon.
A advogada, segundo as investigações preliminares, foi morta na madrugada do domingo (13) na casa de Almir. O corpo foi 'desovado' horas depois junto ao carro dela no Parque das Águas, em Cuiabá. À polícia, o ex-PM alegou que a advogada bateu a cabeça. A polícia, porém, encontrou sinais de espancamento, asfixia e estupro no corpo de Cristiane.
"Eu não entendo por que ele estava solto. É o que eu critico sempre, se ele estava solto é porque a legislação penal, processual, permitiu. Temos que cobrar dos nossos legisladores penas mais duras para que essas pessoas não possam ficar respondendo em liberdade alegando problemas mentais", criticou o comandante da PM, Alexandre Mendes.
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