"Como gerente de MKT (marketing) na UH Arts + Culture, por mais de um ano, suportei críticas bizarras sobre meu 'forte' sotaque brasileiro, incluindo trabalhar meu sotaque como condição para confirmar minha nomeação", escreveu a brasileira no LinkedIn.
Elaine foi aos tribunais argumentando que, ao longo de 13 meses, sua chefe fez comentários depreciativos sobre sua postura, cultura e sotaque brasileiro.
De acordo com a reportagem, em 2021, o tribunal de primeira instância rejeitou as acusações, argumentando que os comentários sobre seu sotaque não estavam relacionados à raça.
No entanto, o juiz James Tayler, do Tribunal de Apelações, considerou que houve erros nessa decisão. Com isso, Elaine venceu uma batalha legal para que parte de seu caso seja reavaliado.
Tayler destacou que, embora as declarações dos gestores de Carozzi não tivessem sido motivadas por preconceito racial, ainda poderiam estar conectadas à sua origem e, portanto, poderiam violar sua dignidade.
Ele ordenou que partes do caso fossem reexaminadas por um novo tribunal.
"Todo mundo tem dificuldades com sotaques diferentes às vezes. Eu tenho - isso é uma parte normal da comunicação humana. No entanto, há uma diferença crucial entre desafios naturais de comunicação e comportamento discriminatório", disse Elaine nas redes sociais.
Em comunicado ao Telegraph, a Universidade de Hertfordshire afirmou que não foram constatadas práticas discriminatórias relacionadas ao caso.
"Estamos comprometidos em criar um ambiente diverso, inclusivo e acolhedor para nossa comunidade global", declarou um porta-voz da instituição.
(Com Agência Estado)
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