A medida é a mais recente ação contra o veículo, após o governo de Israel ter anunciado, na semana passada, que revogaria as credenciais de imprensa dos jornalistas da Al-Jazeera em seu território e, quatro meses depois, proibir a operação do canal dentro do país.
Os soldados disseram a um repórter que o local seria fechado por 45 dias e que a equipe precisava sair imediatamente. A emissora posteriormente exibiu o que pareciam ser militares israelenses destruindo um banner em uma varanda usada pelo escritório da Al-Jazeera, que exibia a imagem de Shireen Abu Akleh, jornalista palestino-americana morta por forças israelenses em maio de 2022.
"Há uma decisão judicial para fechar a Al-Jazeera por 45 dias", disse um soldado israelense ao chefe do escritório local da emissora, Walid al-Omari, nas imagens ao vivo. "Peço que você leve todas as câmeras e deixe o escritório." Al-Omari disse mais tarde que os israelenses começaram a confiscar documentos e equipamentos no escritório, enquanto gás lacrimogêneo e tiros podiam ser vistos e ouvidos na área.
A Força Terrestre israelense não respondeu a um pedido de comentário feito pela Associated Press. A emissora catariana denunciou a medida e continuou as transmissões ao vivo de Amã, na Jordânia.
A rede tem relatado ininterruptamente sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas desde o início do conflito, em 7 de outubro. Não está claro se o exército israelense também mirará nas operações da Al-Jazeera em Gaza.
Em meio a reportagens sobre as vítimas da guerra, a versão em árabe da rede de televisão frequentemente publica declarações em vídeo na íntegra de integrantes do Hamas.
Isso levou a afirmações de autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, de que o canal "prejudicou a segurança de Israel e incitou contra os soldados". As acusações foram negadas pela Al-Jazeera. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
(Com Agência Estado)
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