O democrata defendeu a integridade do sistema eleitoral americano e prometeu uma transição pacífica, algo que não ocorreu da última vez, quando Trump se recusou a reconhecer a derrota e incitou apoiadores contra o Capitólio, durante a certificação de Biden como presidente.
"As pessoas votam, escolhem os seus próprios líderes e fazem isso pacificamente. Na democracia, a vontade do povo sempre prevalece", disse Biden, destacando que conversou com o presidente eleito na noite anterior e o parabenizou. "Eu garanti que toda o meu governo vai trabalhar com a equipe dele para garantir uma transição pacífica e ordeira. É isso que o povo americano merece."
"A campanha foi uma disputa de visões opostas", seguiu o democrata. "Aceitamos a escolha que as pessoas fizeram. Eu disse muitas vezes: você não pode amar o seu país só quando ganha. Não pode amar o seu vizinho só quando concorda. Algo que eu espero que possamos fazer, independentemente de em quem você votou, é ver os outros não como adversários, mas como americanos - reduzam a temperatura."
Legado
Biden também defendeu seu legado, apesar da baixa aprovação e do desejo de mudança expressado pelos americanos nas eleições em que os republicanos conquistaram a Casa Branca, a maioria no Senado e lideram a apuração para a Câmara. "Foi um presidência histórica. Não porque sou presidente, mas por tudo que fizemos, do que vocês fizeram", disse ele, afirmando que as mudanças serão sentidas na vida dos americanos ao longo dos próximos anos. "Vamos ficar bem, mas precisamos continuar engajados, seguir adiante e, acima de tudo, precisamos manter a fé."
O presidente já havia feito uma declaração por escrito na quarta-feira, 6, quando descreveu Kamala como "uma tremenda parceira e servidora pública cheia de integridade, coragem e caráter". Sem mencionar Trump no comunicado, Biden observou que sua vice-presidente entrou na campanha em "circunstâncias extraordinárias", um aceno à sua desistência da disputa, e afirmou que colocá-la na chapa, em 2020, foi a melhor decisão que ele tomou.
Kamala
Biden acrescentou que Kamala "se destacou e liderou uma campanha histórica que incorporou o que é possível quando guiada por uma forte bússola moral e uma visão clara de uma nação mais livre, mais justa e com muito mais oportunidades para todos os americanos".
Na quarta-feira, Kamala reconheceu, em um discurso rápido, sua derrota e também citou a transição pacífica de poder. "As pessoas estão sentindo e vivenciando uma série de emoções agora, eu entendo. Mas devemos aceitar os resultados desta eleição", disse. "Hoje mais cedo falei com o presidente eleito Trump e o parabenizei por sua vitória", disse Kamala, em meio a vaias da plateia após o nome do republicano ser mencionado.
Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump, disse na quarta-feira que, na ligação de Kamala ao republicano, o presidente eleito elogiou "sua força, profissionalismo e tenacidade durante toda a campanha", após aceitar seus parabéns. Biden chegou a convidar Trump para ir a Casa Branca tratar da transição, segundo o assessor do republicano.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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