O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou memoriais finais requerendo a pronúncia do advogado Nauder Júnior Alves Andrade ao tribunal do júri. Ele é acusado de tentar matar a namorada em agosto deste ano na região da Morada do Ouro, em Cuiabá.
Narram os autos que Nauder e a namorada mantinham um relacionamento conturbado há 12 anos. Desde o início do namoro, o advogado fazia uso de entorpecentes, mas nunca tinha chegado a agredir a vítima. Neste dia, porém, o rapaz fez uso de cocaína e em seguida tentou manter relações sexuais com a namorada, mas ela se recusou. Irritado, o réu teria começado a agredi-la.
A mulher tentou fugir, mas o acusado manteve a casa trancada. As agressões foram tão intensas que em determinado momento, a vítima desmaiou depois de sofrer um enforcamento. Ela conseguiu recobrar a consciência e se aproveitou de um momento de distração do acusado para fugir para garagem. Lá, ela conseguiu arrombar o portão e correr para pedir ajuda na portaria de um condomínio próximo. Antes, contudo, a mulher foi agredida com uma barra de ferro com a qual Nauder teria ameaçado quebrar as pernas dela.
Nos memoriais finais, o MPMT destacou que a versão foi corroborada tanto pelo depoimento da vítima, quanto pelos funcionários do condomínio que prestaram socorro a ela e pelo policial militar que atendeu a ocorrência. Segundo ele, no dia do crime, a casa estava revirada, com diversos itens quebrados e a vítima bastante machucada.
Depois do episódio, Nauder fugiu para uma clínica de reabilitação em Chapada dos Guimarães onde permaneceu até ser preso. De acordo com o depoimento da mulher em juízo, a todo momento o advogado alertava que aquela seria a última noite dos dois porque ele iria matá-la.
Nauder, por outro lado, refutou os fatos perante o juiz. Ele alegou que a namorada era quem tinha feito uso de cocaína logo antes da ocorrência e que ela puxou seu órgão genital fazendo com que ele reagisse e acabasse machucando o rosto da namorada com uma cotovelada.
Apesar dessa segunda versão, o Ministério Público descartou a hipótese e defendeu que Nauder tentou, de fato, matar a namorada. Em razão disso, o promotor de Justiça Jaime Romaquelli pugnou para que Nauder Júnior seja julgado pelo júri popular pelo crime de feminicídio tentado qualificado por motivo que dificultou a defesa da vítima, motivo fútil.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.