Decisão da Corregedoria Nacional de Justiça indica a existência de um efetivo esquema organizado de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Em decorrência das suspeitas, dois desembargadores da Corte, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, foram imediatamente afastados. Caso veio à tona nesta quinta-feira (1º).
As supostas vendas de sentença teriam ligação direta com processos patrocinados pelo advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro do ano passado. Além disso, os autos indicam, conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que em outros casos, Zampieri atuava como uma espécie de lobista no Tribunal de Justiça.
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O resultado das investigações motivaram a adoção de providências urgentes assinadas pelo corregedor-geral, ministro Luis Felipe Salomão, com anuência do presidente do CNJ, ministro Luis Roberto Barroso.
O caso chegou ao Conselho depois que o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) questionou a insistência de magistrado da primeira instância do TJMT em dificultar o acesso ao conteúdo extraído do celular de Zampieri.
Na representação levada ao CNJ, além de relatar que o referido juiz teria perguntado às autoridades policiais sobre eventuais menções a autoridades com prerrogativa de foro, o MP ainda citou que o estopim para a própria morte de Zampieri teria sido uma decisão de Sebastião de Moraes.
Três pessoas respondem pela morte do advogado, todos eles de Minas Gerais. O trio, Etevaldo Caçadini, Antônio Gomes e Hedilerson Barbosa, foi, em tese, contratado pelo produtor rural Aníbal Lourenço que era parte contrária à de um cliente de Zampieri numa disputa de terras.
Com informações da assessoria
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