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Esportes Sexta-feira, 25 de Abril de 2025, 20:00 - A | A

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Sexta-feira, 25 de Abril de 2025, 20h:00 - A | A

Multiball e cera: só 4% jogos do Brasileirão seguem tempo de bola rolando recomendado pela Fifa

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

A arbitragem tem sido tema central nos jogos do Campeonato Brasileiro, com erros e decisões questionáveis a cada uma das cinco rodadas jogadas até então. O protagonismo dos árbitros diminuiu até mesmo o holofote para mudanças em regras que visam deixar o jogo mais dinâmico e evitar cera, momentos em que os jogadores do time em vantagem desperdiçam tempo. Analisados os números, as novidades ainda não têm o efeito esperado.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adotou o sistema multiball, já em vigor no Paulistão deste ano e comum no Campeonato Inglês. São 14 bolas posicionadas em suportes nas saídas de campo (cinco a cada 20 metros de distância em cada lateral do gramado e duas próximas à linha de fundo de ambos os lados). Os gandulas, que antes deixavam as bolas no chão para reposição, devem manter os suportes 'abastecidos' para que os atletas peguem a bola de forma mais ágil.

Ainda que não se tenha averiguado melhora por enquanto, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Rodrigo Cintra, tem a expectativa de que isso dê frutos na competição.

"Não se trata de experiência. É algo que já deu certo em outras competições. Nós estamos lapidando o processo a partir de estudos e observações do sistema", disse Cintra, ainda antes do começo do Brasileirão.

"Essa medida também evita confrontos entre gandulas e jogadores. Em algumas dessas situações, a gente já viu isso, o árbitro expulsa o atleta e manda o gandula sair dali. Isso atrapalha o espetáculo e prejudica uma das equipes", concluiu.

Outra regra nova é aprovada pela International Board (Ifab). Quando os goleiros têm a posse de bola na mão, são contabilizados oito segundos. Esse é o limite até a reposição. Caso o tempo seja ultrapassado, o time adversário ganha um escanteio a favor.

Até o momento, a situação ainda não foi registrada na Série A. Nas séries B e C, porém, já houve casos. O goleiro Mycael, do Athletico-PR, segurou a bola por 13 segundos contra o Paysandu, e cedeu escanteio aos adversários, na primeira rodada.

O caso mais emblemático aconteceu na Série C. Aos 32 minutos do segundo tempo na partida entre Caxias e Floresta, o goleiro Dalton, do time cearense, não respeitou o tempo, e foi marcado escanteio. Após a cobrança, Willen Mota marcou para os gaúchos, que venceram por 1 a 0.

Segundo um levantamento da plataforma de estatísticas, 365scores, o tempo médio de bola em jogo nas cinco rodadas do Brasileirão 2025 é menor que a média das cinco primeiras de 2024. Não há, contudo, como estabelecer relação causalidade entre as novas regras e a queda no dado.

As 50 partidas de 2025 tiveram, em média, 54min35 de bola rolando. Já em relação às primeiras 50 de 2024, a marca é de 54min50. As duas métricas estão abaixo dos 60 minutos recomendados pela Fifa como o ideal para um jogo.

Até aqui, os jogos do Brasileirão 2025 têm, em média, 100min30 de duração. Ainda conforme a plataforma, a média de acréscimo é 10min34, dos quais 6min34 são, de fato, jogados.

A vitória do Flamengo sobre o Grêmio, na terceira rodada, foi a partida com mais minutos de bola rolando, 62min36. O tempo corresponde a 63,3% dos 98min45 de jogo.

Já o empate entre Fluminense e Vitória teve o maior porcentual de bola rolando, com 64,3% do total. Foram 62min em 96min51 totais.

Esses dois jogos são os únicos do Brasileirão 2025 até então que cumprem o ideal da Fifa de ao menos 60 minutos de bola rolando e correspondem a 4% do total. Todas as outras 48 partidas (96%) das cinco primeiras rodadas ficam abaixo dessa marca.

Conforme os dados da 365scores, a derrota do Grêmio para o Ceará foi o jogo com menos minutos de bola rolando, com apenas 46min10, dos 98min15 totais.

Já em porcentual, a partida com menos bola rolando foi o Gre-Nal da quinta rodada. Dos 108min13 de jogo, somente 47min38 foram de movimento, o que corresponde a 44%.

No Campeonato Paulista, em que o sistema multiball foi adotado, a primeira rodada já teve mais tempo de bola rolando que em 2024: 59min57, próximo do ideal da Fifa, contra 55min15 no ano anterior.

Entretanto, isso não evoluiu. Com três quartos da primeira fase já jogados, na oitava rodada, a melhor média de bola rolando era do Palmeiras, com 52min52, conforme a 365scores.

Corinthians (52min14) e Red Bull Bragantino (52min08) vinham na sequência. Já o Botafogo de Ribeirão Preto chegou a apresentar a pior marca no quesito (46min55).

Corinthians e Palmeiras fizeram uma final de Campeonato Paulista que guardou espaço para polêmicas. Após uma vitória alvinegra no Allianz Parque, os corintianos abusaram da cera na partida de volta, na Neo Química Arena.

Segundo a 365scores, o jogo de ida teve 98min50, dos quais 52min46 tiveram bola rolando. A marca é menor que o recomendado da Fifa, mas ainda está acima do que foi a partida de volta.

A decisão, empatada por 0 a 0, teve 122min02, mas apenas 48min29 com a bola rolando. É como se cada tempo tivesse apenas 24min14 de jogo, de fato.

Muito disso pode ser atribuído a confusões envolvendo os dois times. O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) divulgou resultados julgamentos dos clubes, atletas e funcionários por eventos do segundo jogo da final.

O Corinthians perdeu dois mandos de campo no Paulistão, além de ter uma multa de R$ 220 mil. Já o Palmeiras teve multa de R$ 1 mil por atrasar o começo do jogo. Abel Ferreira, Marcelo Lomba, Rodrigo Garro e José Martínez também tiveram punições.

(Com Agência Estado)

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