Com o resultado, o clube de Avellaneda encerrou um jejum de taças internacionais que durava desde 1988, quando os argentinos levaram a Supercopa da Libertadores sobre o próprio Cruzeiro. Já o time de Belo Horizonte completará seu 25º ano sem uma conquista internacional - a última foi a Recopa Sul-Americana de 1998, levantada em 1999.
Debaixo de um sol escaldante na capital paraguaia, o Cruzeiro parecia cansado e desconcentrado já nos primeiros minutos da decisão. Em ritmo alucinante, o Racing adotou uma postura ofensiva desde o início, subindo a marcação, pressionando a saída de bola e forçando o erro da equipe brasileira.
Logo no segundo minuto, aproveitando uma desatenção da defesa mineira, Martirena balançou a rede de Cássio, mas a revisão do VAR flagrou impedimento na jogada. Aos 14 minutos, porém, após uma sequência de saídas de bola erradas do Cruzeiro, que desperdiçava a posse em sua própria intermediária, Martirena tentou o cruzamento da direita, mas a bola saiu fechada, em direção ao gol e encobriu Cássio: 1 a 0.
Mesmo em desvantagem, o Cruzeiro mostrava dificuldade na saída de bola e lentidão para avançar. As investidas argentinas pelos flancos, especialmente no esquerdo, setor pelo qual havia saído o gol anulado no início, voltou a surtir efeito aos 19 minutos. Martínez recebeu o cruzamento rasteiro de Salas e, contando com falhas de João Marcelo e Villalba na marcação, só empurrou a bola, livre, para fazer 2 a 0.
Após o segundo gol, o Cruzeiro adiantou as linhas e tentou acuar o Racing no seu campo de defesa. Na reta final do primeiro tempo, a equipe de Fernando Diniz até conseguiu chegar ao ataque e criar oportunidades de gol em finalizações de Kaio Jorge e Villalba, mas produzia muito pouco, insistindo nas subidas pelo meio, com um pouco inspirado Matheus Pereira. Do outro lado, o Racing administrava a vantagem e continuava apostando em bolas longas pelos lados do campo, contando com a atuação ruim dos defensores adversários.
No segundo tempo, o Cruzeiro parecia outra equipe. O conjunto mineiro envolvia o Racing com rápida troca de passes e abrindo o jogo pelas beiradas. Com a nova postura, bastaram sete minutos para Kaio Jorge aproveitar o cruzamento de Matheus Henrique e finalizar duas vezes para superar o goleiro Arias.
O gol renovou o ânimo cruzeirense, que passou a trocar passes na intermediária, mas encontrava dificuldades em penetrar na área adversária. O Racing, por sua vez, fechou-se atrás e tentava agredir nos contragolpes. Nos últimos minutos, Diniz reforçou o setor ofensivo com Barreal, Lautaro Díaz e Kenji, mas os argentinos seguraram a pressão do time mineiro. No minuto final, Roger Martínez saiu no contragolpe e, com o adversário exposto, fez o terceiro, confirmando a conquista.
FICHA TÉCNICA
RACING 3 X 1 CRUZEIRO
RACING - Arias; Martirena, Di Cesare, García Basso e Gabriel Rojas; Santiago Sosa, Nardoni, Almendra (Zuculini) e Quintero (Solari); Salas e Adrián Martínez (Roger Martínez). Técnico: Gustavo Costas.
CRUZEIRO - Cássio; William, João Marcelo, Villalba e Marlon (Kaique Kenji); Lucas Romero (Lautaro Díaz), Walace (Lucas Silva), Matheus Henrique e Matheus Pereira; Gabriel Verón (Barreal) e Kaio Jorge. Técnico: Fernando Diniz.
GOLS - Martirena, aos 14, e Adrian Martínez, aos 19 minutos do primeiro tempo. Kaio Jorge, aos 7, e Roger Martínez, aos 49 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - García Basso, Nardoni e Di Cesare (Racing); Lucas Romero, Lucas Silva e Matheus Pereira (Cruzeiro).
ÁRBITRO - Esteban Ostojich (URU).
LOCAL - Estádio La Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai.
(Com Agência Estado)
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