Há menos de 15 dias em vigor, o decreto que reduz o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de carros e o decreto que trata da diminuição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para todas as operações de crédito de pessoas físicas, começa a causar problemas no segmento das revendedoras.
Após comemorarem a ampliação do estoque decorrente dos baixos valores para adquirir um veículo, os revendedores começam a sentir no bolso as mudanças decorrentes da redução e o desaquecimento do mercado. A venda dos seminovos já registra queda entre 30% e 40% quando comparado ao mês anterior, uma desvalorização real dos veículos em até 25%.
Se precavendo da possibilidade de ampliação do decreto que foi sancionado no último dia 22, e válido somente até agosto, os revendedores se anteciparam e reuniram-se hoje (4) com o Senador Pedro Taques (PDT) a fim de discutir novas políticas públicas para auxiliar o setor.
O presidente da Associação de Revendedores de Veículos do Estado (Agenciauto), Isnel Leite de Almeida, explica que a discussão não quer combater a redução do IPI, mas assegurar medidas de apoio ao segmento que ficou desassistido com a publicação do decreto. “Ao adotar essa medida, o governo não viu que esse segmento de automóveis é como uma engrenagem e se uma peça não funciona bem, todo o segmento sente o reflexo”, compara, explicando que até mesmo as concessionárias são prejudicadas.
Isso porque elas também adquirem os veículos seminovos em muitas de suas operações de vendas. O presidente pontua que uma das possíveis consequências da redução do IPI é o desemprego no setor, que hoje concentra mais de 170 mil pessoas, além da falência de micro e pequenas empresas. No Estado são mais de 400 revendedoras.
Algumas das reivindicações discutidas hoje, e que serão apresentadas em reunião no Senado no próximo dia 14, estão contidas na tabela a seguir a fim de minimizar os impactos no setor. Editora de Artes/HiperNotícias Com as medidas atendidas, o presidente Isnel assegura que será possível o fortalecimento do setor permitindo o comércio igualitário no segmento de automóveis. “Não adianta reduzir se não há política para os seminovos, porque isso engessa o negócio. Nós queremos igualdade nas políticas públicas, para isso todos precisam andar na mesma direção”, afirma. Hoje as revendedoras representam 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, enquanto as indústrias e concessionárias juntas representam 7%. O pedido de avaliação das necessidades do segmento e assistência econômica é um movimento nacional das revendedoras, na qual Mato Grosso encabeça o movimento. O DECRETO Segundo consta no decreto, para a aquisição de automóveis, as empresas que estão instaladas no Brasil terão seu IPI para carros de até mil cilindradas (1.0) será reduzido de 7% para zero até o fim de agosto deste ano. Para carros importados de fora do Mercosul e México, a alíquota cairá de 37% para 30%. Para veículos de mil cilindradas (1.0) a duas mil cilindradas (2.0), a alíquota para carros a álcool e "flex" (álcool e gasolina), para empresas instaladas no Brasil, será reduzida de 11% para 5,5%. Para os carros importados, a alíquota será reduzida de 41% para 35,5%. Já para carros a gasolina de mil a duas mil cilindradas, o IPI cairá de 13% para 6,5% para carros produzidos no Brasil e de 43% para 36,5% para veículos de fora do Mercosul e México.
No caso dos utilitários, a alíquota será reduzida de 4% para 1% (empresas instaladas no país) e, para carros importados, cairá de 34% para 31%.
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