"A política monetária atravessa a economia com defasagens longas e variáveis. Se um choque for de curta duração e as expectativas de inflação estiverem firmemente ancoradas, o impacto da inflação poderá já ter desaparecido no momento em que a resposta da política monetária tiver sido transmitida à economia. Ao não responderem a estes choques temporários, os bancos centrais pretendem evitar que a política afete negativamente a atividade econômica enquanto a inflação ainda for consistente com o seu objetivo de médio prazo", apontou ele.
Contudo, tendo em conta a magnitude, a frequência e a persistência dos estrangulamentos que poderão surgir, o seu impacto sobre a inflação também poderá ser mais pronunciado e duradouro, avaliou. "A prevalência de tensões geopolíticas, da fragmentação econômica e dos riscos climáticos e naturais implica que haveria menos margem para analisar os desvios da inflação em relação ao nosso objetivo de 2%. Por outras palavras, no futuro, a política monetária poderá ter de responder de forma mais proativa aos estrangulamentos que afetam a capacidade produtiva da economia, o que aumenta a importância de manter a flexibilidade", concluiu.
(Com Agência Estado)
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