A situação é ainda mais delicada na Gucci, carro-chefe do grupo, cujas vendas caíram 25% na comparação anual, para 1,57 bilhão de euros - também aquém do esperado, de 1,63 bilhão de euros, segundo estimativa da Visible Alpha. Em meio à crise criativa e à perda de apelo da marca, a Kering convocou Demna Gvasalia, ex-diretor artístico da Balenciaga, para tentar reverter o cenário após a saída de Sabato De Sarno.
O CEO François-Henri Pinault reconheceu que o início do ano foi "difícil", atribuindo a fraqueza nas vendas à combinação de inflação persistente, juros altos e um consumidor mais cauteloso depois do boom de consumo após a pandemia. A China, antes maior mercado de luxo do mundo, continua afetada pela crise imobiliária e pela demanda interna fraca.
As vendas no varejo direto da Kering caíram 16% no trimestre, com destaque negativo para a Ásia-Pacífico (queda de 25%), Europa Ocidental e América do Norte (ambas com retração de 13%). O Japão também encolheu, com baixa de 11%. A empresa contava com 1.788 lojas em sua rede direta, após fechar 25 no trimestre.
Agora, a indústria enfrenta uma incerteza crescente devido às políticas de tarifas imprevisíveis de Donald Trump. Pinault encerrou o balanço com um aviso: "Estamos aumentando nossa vigilância para enfrentar os ventos contrários macroeconômicos que nossa indústria enfrenta."
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.