Entre as blue chips, o dia foi majoritariamente negativo, e ao fim misto para Petrobras (ON +0,36%, PN sem variação), em dia de ganhos na casa de 2% para o petróleo em Londres e Nova York, após dados dos EUA terem apontado grande queda nos estoques de gasolina na última semana. Destaque para o recuo de 1,25% em Vale ON, que ontem havia contribuído de outra forma com o Ibovespa ao oscilar para cima. Em geral, os grandes bancos também iam mal nesta quarta-feira, mas melhoraram no fechamento, com destaque para Santander Unit (+0,12%), Itaú PN (+0,31%) e Bradesco ON (+0,48%).
Na ponta ganhadora do Ibovespa, RDSaúde (+5,03%), Minerva (+4,26%) e Cogna (+4,24%). No lado oposto, Azzas (-13,39%), Braskem (-4,02%) e Automob (-3,85%). Entre as componentes do índice, o desempenho de Azzas refletiu a "insatisfação do mercado com o balanço divulgado, em que lucrou 38,5% menos no quarto trimestre", diz Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital.
No quadro mais amplo, "nos Estados Unidos, o CPI índice de preços ao consumidor veio abaixo do esperado, mas aqui houve uma aceleração, um pouco acima do esperado. Sinais divergentes sobre os preços, lá e aqui. Mas, nos Estados Unidos, apesar do arrefecimento, há ainda os receios em torno dos efeitos das tarifações do Trump", diz Pedro Caldeira, sócio e operador da mesa de renda variável da One Investimentos. Em Nova York, os principais índices de ações fecharam o dia com variação entre -0,20% (Dow Jones) e +1,22% (Nasdaq).
"O IPCA em 12 meses até fevereiro foi a 5,06%, em momento no qual o Copom já tinha o guidance de alta de 100 pontos-base para a Selic na reunião da semana que vem", diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, referindo-se à percepção de que a taxa básica de juros do Brasil chegue a 15%, provavelmente, no final de ciclo - um nível elevado que desestimula o investimento em ativos de risco, como ações, em meio também às incertezas sobre o protecionismo americano, que tende a afetar o dinamismo econômico global.
Para Patricia Krause, economista-chefe da Coface para América Latina, a leitura de fevereiro do IPCA não trouxe muitas novidades, com o avanço de 1,31%, na margem, em linha com o esperado após uma baixa de ritmo em janeiro. "Projeções do Focus continuam em alta para os preços em 2025, o que mantém o BC no rumo de colocar a Selic a 14,25% em março, com a inflação ainda distante do centro da meta."
(Com Agência Estado)
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