Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o mercado brasileiro passa por um período de aversão ao risco, gerado tanto por incertezas no cenário externo quanto no cenário doméstico. "Nos Estados Unidos, ganhou maior repercussão nas últimas semanas a possibilidade de vitória de Donald Trump, a quem é atribuída menor responsabilidade fiscal, com maior déficit e juros mais elevados", afirma.
No front interno, diz o profissional, segue a expectativa na área fiscal. "Se o próximo Relatório Bimestral de Receitas e Despesas trouxer correções do lado das despesas, ainda podemos ter um quadro positivo para a bolsa em novembro e dezembro", afirma.
Para Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, os dados de arrecadação federal divulgados hoje foram bem recebidos no mercado, mas não representaram grande surpresa. Com isso, o mercado segue na expectativa de anúncio de medidas efetivas na contenção de gastos públicos.
"O que tem pesado muito na bolsa é o que envolve o Congresso e que desembocam na situação fiscal do país. Há discussões que não estão caminhando para um bom termo no Congresso. Além disso, há riscos de julgamentos no STF que podem aumentar os gastos do governo e pautas que podem fazer aumento de gastos", afirma ele, ressaltando ainda os altos prêmios no mercado futuro de juros, que desestimulam o investimento em renda variável.
Às 11h52, o Ibovespa tinha baixa de 0,59%, aos 129.586,10 pontos. Vale ON recuava 0,48%, em linha com a queda dos preços do petróleo na Ásia. Petrobras ON e PN perdiam 0,35% e 0,39%, respectivamente, mesmo com os ganhos do petróleo no exterior.
(Com Agência Estado)
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