"São 47 milhões de pessoas, 47 milhões de pessoas que hoje estão pagando mais de 5% ao mês de juros no crédito pessoal, às vezes numa emergência, às vezes para trocar um fogão que quebrou, uma geladeira que quebrou, pagando 5% ao mês. Quando, com essa garantia que vai poder ser oferecida, essas taxas podem cair 50% ou mais", disse o ministro.
Haddad pediu "cautela" sobre a nova ferramenta porque o programa, "muito sofisticado", passará por um processo de desenvolvimento ao longo das próximas semanas e meses. "Os bancos vão saber avaliar a estabilidade do emprego, a estabilidade do setor e a estabilidade da empresa. Então, inicia-se, a partir de agora, uma curva de aprendizagem. Eles vão aprender a lidar com uma coisa nova. Mas quando nós domesticarmos esse bicho novo que está nascendo, eu tenho certeza que nós vamos olhar para trás em muito pouco tempo e falar 'que dia especial o dia do crédito do trabalhador'", disse o chefe da equipe econômica, para quem a nova modalidade é uma "grande vitória" do trabalhador brasileiro.
O ministro também relembrou em seu discurso medidas na área do crédito que já foram tocadas durante a primeira metade do terceiro mandato de Lula, como o Desenrola e a aprovação do Marco das Garantias. "O Marcos Pinto (secretário de Reformas Econômicas), que está aqui, já liderou vários programas para baixar o crédito com mais garantia, diminuir o spread bancário e eu diria para o senhor (Lula) que este programa que está sendo lançado hoje talvez seja o mais revolucionário no médio prazo de todos esses que eu já citei", afirmou Haddad.
"A pessoa que nasce sem riqueza - e nós estamos falando de milhões de brasileiros, que não nascem donos de ação, não nascem donos de patrimônio imobiliário, não nascem donos, às vezes, nem de um automóvel. As pessoas nascem com pouco tempo e têm que se virar. O emprego é muito bom, mas se você associar o emprego à educação de qualidade e a crédito, você vai mudar a história de um país", disse o ministro.
(Com Agência Estado)
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