A menos de uma semana da reunião de política monetária do Fed, uma reportagem do Wall Street Journal indicou que os dirigentes ainda estão indecisos sobre a magnitude do primeiro corte de juros por lá. Além disso, o ex-presidente do Fed de Nova York Bill Dudley defendeu um afrouxamento monetário mais agressivo.
Ambos eventos fizeram com que o mercado colocasse de novo na ponta do lápis a possibilidade de um corte de 50 pontos-base nos juros da maior economia do mundo. A plataforma do CME Group aponta 50% de chance para queda dos juros nos EUA tanto em 50pb quanto em 25pb.
"Percepção dovish em relação ao Fed comanda tudo. Fez com que os juros dos Treasuries caíssem, com a T-note de 2 anos fechando bem e a de 10 anos acompanhando. Esse cenário traz busca por ativos de risco, sendo benéfico para emergentes, como o Brasil", afirma Luciano Costa, economista-chefe da corretora Monte Bravo.
Com máxima a R$ 5,6200 e mínima a R$ 5,5451 pela manhã, o dólar à vista terminou o dia em baixa de 0,91%, cotado a R$ 5,5673. Apesar da desvalorização na semana e no mês, a divisa norte-americana ainda se aprecia 14,71% no acumulado do ano.
Uma pesquisa do BTG Pactual, divulgada nesta sexta, mostrou que cerca de 44% dos entrevistados veem a taxa de câmbio no intervalo de R$ 5,20 e R$ 5,40 por dólar nos próximos 12 meses, reforçando uma expectativa de valorização do real. Por outro lado, uma parcela de aproximadamente 28% acredita que o dólar ficará entre R$ 5,40 e R$ 5,60.
Mais cedo, o real também foi apoiado pela valorização das commodities. Contudo, o petróleo acabou fechando em queda, de olho no fenômeno climático Francine e seu impacto no Golfo do México. O minério de ferro também fechou no negativo.
(Com Agência Estado)
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