O motorista da Hilux, identificado como Lucas Vinicius Rocha Guerra, de 22 anos, que atropelou a motociclista Emily Vitória Silva, na avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, na noite terça-feira (2), foi preso e liberado novamente horas depois. Ele ainda jogou o carro contra uma barreira policial, já na região central da Capital. Ele já havia sido preso e solto pelo atropelamento da motociclista e por ter fugido sem prestar socorro. Lucas responderá por tentativa de homicídio e omissão de socorro. O caso ganhou repercussão nos principais telejornais da TV Globo nesta quinta-feira.
O delegado da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), Christian Cabral, informou que Lucas Vinicius é morador de Curitiba (PR).
"Não entendemos a razão que levou [ele] praticar essa série de crimes. As investigações prosseguem tanto na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) em relação à tentativa de homicídio praticada contra os policiais militares que o tentaram abordar (sic). E, nesta Delegacia (Deletran), que vai apurar as circustâncias do primeiro acidente com vítima lesionada na avenida Fernando Corrêa", disse em entrevista à TV Centro América.
Conforme reportado pelo HNT, com as informações do boletim de ocorrência sobre o primeiro acidente, quanto ao atropelamento da motociclista, Lucas Vinicius relatou, na delegacia, que estava sendo perseguido quando voltava da cidade de Jaciara (143 km de Cuiabá). Ele tinha fugido sem prestar socorro, mas foi preso pouco tempo depois, interrogado e solto. Também foi feito o teste do bafômetro e constatado o valor de 0,00 MG/L, que não havia ingerido bebida alcoólica, portanto.
A motociclista atropelada foi resgatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e levada para Hospital Municipal de Cuiabá. Ela foi atendida e já recebeu alta médica. Para a TV Centro América, ela contou que, no momento, ficou muito desesperada e que agora está sentido muitas dores pelo corpo.
"Quando percebi que ele não ia frear e que a moto começou escorregar por uma distância longa, pensei: 'vou morrer!'. Fiquei desesperada e comecei a gritar. Fiquei muito abalada da pessoa ter me atropelado. Estou no prejuízo fisíco que estou com dor e tomando remédio para aliviar", contou.
Horas depois de ser solto, Lucas Vinicius não respeitou uma barreira policial, já na região central de Cuiabá e tentou jogar o veículo contra os policiais. Ele foi preso novamente, passou por audiência de custódia e seguiu liberado. Agora, deve responder por tentativa de homicídio e omissão de socorro.
A defesa de Lucas Vinicius se pronunciou por meio de nota e disse que ele estava de passagem com destino à casa da mãe, no município de Nova Canaã do Norte (681 km de Cuiabá). Destacou que ele estava fugindo de uma possível tentativa de assalto quando atingiu a motociclilsta. Reforçou que ele não deixou de prestar socorro e avisou à Delegacia de Crimes Cibernéticos sobre o acidente.
Já com relação ao segundo caso, a defesa também alegou que Lucas Vinicius pensou que estava sendo perseguido. Destacou que ele não tem doença mental e que vai prestar assistência financeira à vítima.
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