A médica Dieynne Saugo, a 'Dra Fit', exigiu retratação do Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) que, na manhã desta quarta-feira (16), emitiu nota de repúdio contra ela, após declarações feitas em sua conta no Instagram. As postagens se referiam aos cuidados hospitalares que a médica recebeu em Cuiabá, após ser picada por uma jararaca. Segundo Dieynne, os hospitais da Capital não teriam recursos suficientes para salvar sua vida e, por isso, ela recebeu tratamento em São Paulo.
Dieynne argumentou que o CRM-MT não teve o cuidado de ouvi-la e agiu precipitadamente ao expor sua imagem de modo "gravíssimo".
"Com essa atitude precipitada e altamente lesiva deve procurar se retratar uma vez que se as próprias sindicancias e processos tramitam em segredo de justiça, que dirá o Conselho Federal de Medicina da conduta de sua Regional mato-grossense, que lança uma denúncia pública desrespeitando as regras para tanto e também ferindo de morte a Ética Médica que deve nortear as suas condutas?", escreveu
A médica ainda declarou que nutre "profunda e eterna" gratidão por todos os profissionais da saúde de Mato Grosso e de São Paulo que participaram de seu tratamento.
"Uma vez mais, faço registrar a todos os profissionais da Saúde do Mato Grosso e de São Paulo que participaram do meu tratamento e também aqueles que hodiernamente abdicam de suas vidas pessoais em prol da luta pela saúde do povo brasileiro, a minha profunda e eterna GRATIDÃO!", concluiu.
A polêmica
Ao responder alguns 'seguidores' no Instagram sobre o incidente em que foi picada três vezes por uma jararaca na cachoeira Serra Azul, em Nobres (121 km de Cuiabá), a Dra Fit afirmou que teve que ir para São Paulo, caso contrário morreria.
Na pergunta, o internauta questionou a transferência da médica para a Capital paulista, se não havia cobertura do plano de saúde dela para o procedimento. Em resposta, a Dra Fit disse que "nenhum hospital de Cuiabá tem os mesmos recursos dos hospitais de São Paulo. Meu caso não era grave, era gravíssimo".
O primeiro atendimento médico prestado à vítima foi o do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), então ela deu entrada no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá onde recebeu o soro antiofídico. Depois, por escolha da família, foi transferida para o hospital particular Jardim Cuiabá. Posteriormente ela foi encaminhada para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
“Assim, ainda que a paciente e seus familiares tenham optado pela transferência para um serviço hospitalar fora do Estado de Mato Grosso, a afirmação de que a sua permanência em Cuiabá resultaria em óbito óbvio demostra falta de consideração e respeito por todos os profissionais da saúde que lhe prestaram atendimento quando o seu quadro era de emergência”, rebateu o Conselho.
Colégio Brasileiro de Cirurgiões
O Capítulo de Mato Grosso do Colégio Brasileiro de Cirurgiões endossou a nota de repúdio do CRM-MT. Em nota, o CBC-MT reafirmou seu respeito e consideração a todos os Profissionais de Saúde e Serviços Médicos do Estado de Mato Grosso.
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