O presidente Lula (PT) citou a necessidade de um acordo entre fazendeiros, prefeitos e o governo como forma de minimizar os incêndios florestais, principalmente no Pantanal mato-grossense que tem registrado grandes incêndios todos os anos. Em Mato Grosso, o Corpo de Bombeiros informou que combate 12 incêndios em diversas cidades. Com a estiagem severa que tende a se agravar com a chegada do mês de agosto, a situação pode piorar. A fala do presidente ocorreu durante entrevista exclusiva para a jornalista da TV Centro América, Eunice Ramos.
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"Nós temos que ter um acordo com os prefeitos, com os fazendeiros. É preciso que todo mundo cuide. Não é aqui de Brasília que a gente vai cuidar. O dono é o primeiro vigilante, depois é o prefeito, depois o Estado e depois a República. Os três juntos, temos condição de resolver isso e tentar minimizar [os incêndios]", disse Lula.
O presidente declarou que a situação é provocada pela seca severa que atinge toda região pantaneira, sendo a mais grave dos últimos 70 anos.
"Uma coisa importante que o povo do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso tem que saber é que nós estamos vivendo a maior seca dos últimos 70 anos na região. A umidade relativa do ar só 12%. Está muito calor, pouca chuva e tem uma temperatura muito propícia ao fogo", explicou.
Na ocasião, Lula também citou que após sua passagem por Várzea Grande, nesta quarta-feira (31), ele também irá para Corumbá (MS) sobrevoar as áreas atingidas pelas chamas e sancionar a Lei n° 1818/2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. Cabe destacar que neste ano, o Pantanal sul-mato-grossense é o mais afetado pelos incêndios.
"Essa lei vai permitir que a gente consiga discutir no orçamento da União, dinheiro preventivamente para que as coisas aconteçam", afirmou.
Na entrevista, Lula ainda demonstrou preocupação no acordo de zerar o desmatamento até 2030. O acordo ser discutido na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), sediada em Belém (PA), em 2025.
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